Magnani desenvolve eletrocentros para abastecimento de bombas de água de Porto Alegre

Magnani desenvolve eletrocentros para abastecimento de bombas de água de Porto Alegre

Solução customizada visa garantir a funcionalidade elétrica em caso de danos de equipamentos ou mesmo para agregar mais potência às estações

Correio do Povo

Duas subestações móveis foram projetadas pela empresa da Serra para o DMAE

publicidade

A Magnani Luz e Energia, de Caxias do Sul, selou parceria com o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) de Porto Alegre. A empresa da Serra Gaúcha desenvolveu dois eletrocentros em semirreboques que garantem a funcionalidade elétrica das bombas de água, suprindo a carência dos equipamentos que foram danificados pelas enchentes.

A solução customizada, pioneira no Rio Grande do Sul, foi idealizada e detalhada tecnicamente pelo DMAE, com projeto e execução da Magnani Luz e Energia. A contratação ocorreu por meio de licitação emergencial e a empresa precisou desenvolver os eletrocentros móveis em apenas 30 dias. A negociação com a autarquia foi de R$ 2,6 milhões.

De acordo com o DMAE, os dois eletrocentros em semirreboques (eletrocentro A e eletrocentro B) já serão utilizados a partir de setembro e funcionarão por tempo indeterminado. O eletrocentro B será utilizado na Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (EBAP) 10, no bairro Sarandi, que foi seriamente afetada pelas enchentes de maio. O equipamento será ligado diretamente na rede elétrica de 13,8kV e seus atuadores (inversores de frequência) operarão os motores até a conclusão da reforma do local. O eletrocentro A será empregado na EBAP 16, no bairro Praia de Belas, e testará os motores da casa de bombas.

O diretor Comercial da Magnani Luz e Energia, Mauro Cendron, explica que os eletrocentros em semirreboques são utilizados para a segurança e estabilidade, transformando níveis de tensão, protegendo a distribuição e automação de sistemas elétricos. A solução customizada ainda oferece mobilidade e possibilidade de rápidas mudanças de layout.

“Em caso de falha do sistema existente, esse equipamento tem a capacidade de ser transportado para locais diversos para suprir a necessidade de alimentar grandes bombas elétricas para escoamento de água. Ele também pode ser utilizado para agregar mais bombas, como no caso da EBAP 10 do DMAE, que atende o escoamento do dique ao lado do bairro Sarandi. Em caso de alagamentos, no que a água baixa, os eletrocentros já podem ser ligados na rede elétrica para agilizar a drenagem”, explica.

Os equipamentos são providos de transformadores trifásicos, ou seja, de subestações móveis, podendo ser conectados na rede elétrica primária (MT), com possibilidade de operar até 70 metros de distância do local de aplicação. Cada eletrocentro possui capacidade de demanda de até 1.500 kVA (kilovoltampere). A soma total de potência de motores elétricos de indução que poderão ser conectados chega até 1.750 CV (cavalo-vapor) no Eletrocentro A e até 1.050 CV no Eletrocentro B.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895