Mobilização em Canoas reúne centenas de funcionários da saúde
Ato, promovido pela administração municipal, buscou chamar atenção para a crise no setor
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A secretária ressaltou a importância da união dos trabalhadores, órgãos de classe e demais entidades ligadas à área da saúde, afirmando que a mais prejudicada nesse contexto é a população. “Precisamos exigir do Estado o que lhe é de responsabilidade, que são os repasses, os salários e o atendimento à população. Nosso papel aqui é prestar assistência. Com a pactuação, Canoas atende 156 municípios, o que representa 44% de atendimentos a especialidades da população do Estado. É uma superpopulação”, afirmou.
A enfermeira do HU Amanda Paris disse que a situação é pior do que parece. “Não tem salário, não tem repasse, não tem insumos. As consultas estão sendo desmarcadas e outros setores também devem parar. O sentimento de quem trabalha com a saúde é de dor!” O técnico em Enfermagem e socorrista do Samu Paulo Silvano diz que o quadro é de extremo caos. “Nossa dificuldade é em largar os pacientes nos hospitais, por falta de atendimento ou por lotação. Uma de nossas macas está retida em hospital com paciente.”
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que, para suprir a demanda dos hospitais que suspenderam os atendimentos, está em negociação com os municípios que continuam funcionando integralmente para que recebam parte desse público e que está buscando soluções específicas para as referências que suspenderam os atendimentos.
Segundo a SES, a Secretaria Estadual da Fazenda deverá liberar recursos correspondentes aos valores de uma competência (mês) tão logo a arrecadação do Estado permita. A expectativa é que ocorra na primeira quinzena de dezembro. "Como são mais de 240 hospitais que prestam atendimento ao Sistema Único de Saúde, não estamos individualizando os valores que cada instituição tem a receber."
No último dia 14, a prefeitura suspendeu atendimentos, consultas e exames eletivos no HU e no Hospital de Pronto Socorro. Somente urgências e emergências são atendidas, até que o Estado regularize os repasses. Nesta quinta, ocorre assembleia geral intersindical para debater, além da crise na saúde, atrasos de salários e benefícios. O encontro, convocado pelo Sindisaúde em conjunto com Sergs, Sinttargs e Sindifars, será às 20h em frente ao Hospital Universitário.