Moradores de Esteio reivindicam sinaleira em cruzamento
Trecho com fluxo intenso de veículos e pessoas no bairro São José é considerado perigoso
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No dia 20 de agosto, Jussara Regina Flores Lopes, de 64 anos, morreu depois de ser atingida por um veículo, por volta das 19h. Irmã da vítima, Iris Flores, 51, trabalha próximo ao local do acidente e diz que perdeu as contas de quantas ocorrências já presenciou. “Há anos solicitamos um semáforo aqui. Até agora, o que fizeram foi a colocação de um quebra-molas, que é insuficiente.” Simone Feijó, 43, tem comércio na área e relata que praticamente toda semana há uma colisão ou atropelamento. Já a esteticista Daiane Caetano, 32, conta que já viu ao menos dez acidentes. “Os condutores entram com pressa, fazem conversões arriscadas e proibidas, às vezes chegam a ingressar na contramão porque perdem a paciência no cruzamento. Já vi carro bater em veículos que estavam estacionados. Quantos mais terão que morrer para a prefeitura fazer algo eficaz?”.
O secretário municipal de Segurança e Mobilidade Urbana, Roberto Damasceno, explica que alternativas estão sendo avaliadas. “Instalamos tachões na pista para amenizar e reduzir os efeitos de velocidade na via. No entanto, tivemos problemas com carros rebaixados e também acidentes. Retiramos os tachões e colocamos uma lombada. A colocação de um semáforo deve ser muito bem estudada em razão de que haverá reflexos nas ruas adjacentes.” Conforme Damasceno, outra opção seria transformar a rua La Salle em sentido único. A instalação de um conjunto semafórico custaria aos cofres públicos R$ 80 mil. “Além dos investimentos municipais, é preciso que os condutores e os pedestres tenham respeito no trânsito.” De janeiro a julho, Esteio contabiliza dez atropelamentos e 267 acidentes, 90 deles com lesões e dois com mortes.