Moradores do bairro Petrópolis, em Porto Alegre, expressam insatisfação com obra do DMAE
A obra consiste na instalação de uma adutora de ferro dúctil de 600 milímetros e 1 quilômetro de extensão entre os reservatórios Bordini e Gutemberg
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Moradores do bairro Petrópolis, em Porto Alegre, expressam insatisfação com a execução de uma obra realizada pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) desde junho. A obra, que consiste na instalação de uma adutora de ferro dúctil de 600 milímetros e 1 quilômetro de extensão entre os reservatórios Bordini e Gutemberg, é considerada importante para a melhoria do abastecimento de água. No entanto, a gestão da execução e os transtornos causados têm gerado frustração.
O engenheiro Lucas Coradin é morador do bairro e critica a falta de planejamento e a comunicação deficiente sobre o cronograma da obra. Ele destaca a necessidade de uma melhor coordenação entre o Dmae e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que está envolvida nas mudanças de trânsito relacionadas à obra.
Lucas relata que um trecho na Rua Saicã, por exemplo, ficou aberto por três meses, depois da colocação da tubulação, o que levantou muita poeira. Ele também cita a quebra da fibra óptica da rua, por diversas vezes, durante a execução da obra.
“Obviamente, qualquer obra gera transtornos, mas não se pode deixar uma rua aberta por três meses, com terra espalhada por toda parte”, observa Lucas, sugerindo que obra próxima a escola deve ser realizada durante as férias para minimizar o impacto no trânsito.
Agora, uma parte da rua Camerino foi finalizada, mas pelas condições do trecho, que está com terra, em breve ela será novamente aberta. Enquanto isso os moradores sofrem com a poeira.
Ione Lopes, residente há 35 anos no bairro, aponta que o principal problema no trânsito ocorre nos horários de entrada e saída escolar. Maria Luisa Pilagatti, que mora no bairro há mais de duas décadas, reclama do acabamento da obra, especialmente do estado do novo asfalto, que, segundo ela, está em péssimas condições. Rita de Cassia Toribio destaca o perigo de estacionar veículos nas ruas devido ao fluxo intenso e a atenção redobrada que os pedestres precisam ter.
O DMAE informou que os transtornos durante as obras são inevitáveis e que a execução está de acordo com o cronograma preestabelecido.
A iniciativa irá permitir o abastecimento simultâneo entre os dois sistemas, que atendem cerca de 54 mil pessoas nas zonas Norte e Leste. A obra tem previsão de término para dezembro de 2024, com custo estimado em R$ 5,2 milhões.
A EPTC declarou, em nota, que “atualmente o bloqueio da obra do Dmae para interligar o sistema de abastecimento de água tratada Menino Deus ao sistema Moinhos de Vento está na rua Mariz e Barros com desvio de trânsito da rua Felizardo Furtado. Os agentes de fiscalização e a central de videomonitoramento e controle da mobilidade orientam os motoristas e monitoram a circulação para, se necessário, realizar ajustes para minimizar os impactos no trânsito.”
A EPTC ainda orienta que quando o cidadão identificar a necessidade de melhorias na circulação e reforço na fiscalização é importante que faça o registro através das plataformas da Central de Atendimento ao Cidadão 156, que recebe e encaminha as solicitações da população referentes aos serviços públicos prestados pelos órgãos municipais. O atendimento via aplicativo 156+POA, pelo 156whatsapp (51 3433-0156) e pelo e-mail 156poa@portoalegre.rs.gov.br funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, mesmo em feriados.