Moradores do Cristal, em Porto Alegre, reclamam de lixo irregular em terreno da Prefeitura e falta de acessibilidade
Entulhos são deixados na calçada de terreno do Demhab, enquanto Prefeitura diz haver projeto para a área

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Moradores da rua Tamandaré, junto a um dos acessos à Vila Nossa Senhora das Graças, no bairro Cristal, em Porto Alegre, prosseguem com o sentimento de indignação diante do descarte irregular de lixo na área, calçadas destruídas e falta de uma solução por parte da Prefeitura. Eles afirmam que, com frequência, os entulhos são deixados na calçada e inclusive dentro e em frente a um terreno do Departamento Municipal de Habitação (Demhab). Ratos e mau cheiro são constantes.
Em tese, ele deveria ser cercado por muros, mas está aberto em diversos pontos, permitindo a entrada e saída de pessoas. Cobram também mais segurança no local e relatam não saber onde estão câmeras de monitoramento indicadas em uma placa instalada há poucas semanas, que ainda proíbe o descarte de lixo no local, algo frequentemente ignorado. “Os entulhos são deixados aqui inclusive por motoristas dirigindo carrões”, comentou uma das moradoras, que não quis se identificar. “Inúmeras reclamações já foram feitas pelo telefone 156, porém não surtem efeito.”
Outra reclama da falta de acessibilidade, já que não há calçadas, apenas um caminho de terra. Há alguns dias, a Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal realizou uma reunião para tratar do assunto. Entre as deliberações, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) informou no encontro que o Demhab é responsável pela guarda e limpeza do terreno, assim como seu fechamento e manutenção.
Um ofício foi encaminhado à Diretoria-Geral de Fiscalização (DGF) para que identifique eventuais responsáveis pelo descarte irregular na área. Muitos habitantes da Vila Nossa Senhora das Graças, também conhecida como Vila Resvalo, trabalham com reciclagem de materiais, porém negam deixar lixo espalhado no acesso. Os caminhões do DMLU entram na região com menos frequência do que gostariam, relatam ainda.
Procurados, DMLU e Demhab encaminharam nota conjunta. O DMLU disse que o entorno da área em questão é alvo de descarte irregular de resíduos, gerando um “foco crônico de lixo”. “O terreno é próprio municipal e tem projeto de moradias sociais, a ser licitado ainda em 2024, de acordo com os planos do Demhab”, prossegue a nota. A Prefeitura ainda afirmou que o local é limpo três vezes por semana pelas equipes do Setor Sul do DMLU, nas terças, quintas e sábados.
A área ainda é atendida pelas coletas regulares, e que, para resíduos volumosos, as Unidades de Destino Certo (Ecoponto) devem ser buscadas. Também, o Serviço de Fiscalização atua frequentemente na região, prossegue a nota, “a fim de coibir infrações.” Os departamentos reforçaram que as denúncias de descarte irregular devem ser feitas pelo telefone 156.
Leia a nota conjunta completa do DMLU e Demhab
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, por meio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), esclarece que o entorno da área localizada na rua Tamandaré, próximo ao número 1020, é alvo de descarte irregular de resíduos, o que gera um foco crônico de lixo. O terreno é próprio municipal e tem projeto de moradias sociais, a ser licitado ainda em 2024, de acordo com os planos do Departamento Municipal de Habitação (Demhab). O local é limpo três vezes por semana pelas equipes do DMLU, nas terças, quintas-feiras e sábados. A remoção dos resíduos pelos garis do Setor Sul do Departamento ocorreu ontem, 5 (conforme comprovam fotos anexas). A área é atendida pelas coletas regulares, e o DMLU também disponibiliza as Unidades de Destino Certo (Ecoponto), para o descarte de materiais volumosos. Para quem tem dificuldade de deslocamento até uma das unidades, ainda há a opção de contratar o serviço de coleta especial, com o orçamento via sistema 156. Além disso, o Serviço de Fiscalização atua periodicamente na região, a fim de coibir infrações. Assim, solicitamos a colaboração de todos para a manutenção da limpeza urbana e denunciando o descarte irregular por meio do sistema 156.