Moradores do Porto Seco reclamam de infestação de ratos por causa do acúmulo de resíduos no bota-espera

Moradores do Porto Seco reclamam de infestação de ratos por causa do acúmulo de resíduos no bota-espera

Empresa escolhida pela prefeitura para o transporte de resíduos deve começar na segunda-feira

Correio do Povo

Terreno Bota-Espera no Porto Seco com resíduos das casas na enchente causa problemas aos moradores da região. Moradora da Vila Amazonas Thaís Lima

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Os Bota-espera são áreas próximas das regiões inundadas pela enchente de maio onde o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) descarrega os materiais recolhidos das ruas, casas e comércios de Porto Alegre, para posteriormente direcionar esses resíduos para o aterro de inertes em Gravataí. Mas a demora na limpeza dessas áreas tem causado preocupação dos moradores do entorno, devido a presença de roedores.

É o caso de Thaís Lima, moradora da Vila Amazonas, próxima ao Porto Seco, no Rubem Berta, em Porto Alegre. Ela se dedica à distribuição de doações em um centro de acolhimento local e relata que desde a instalação do bota-espera, a área foi infestada por ratos, uma preocupação compartilhada por outros residentes do local.

Segundo Thaís, os ratos são enormes e frequentemente invadem as residências e ela espera ansiosamente pela limpeza do bota-espera, na esperança de eliminar os roedores.

Terreno Bota-Espera no Porto Seco com resíduos das casas na enchente causa problemas aos moradores da região. | Foto: Ricardo Giusti

Valdeci Machado, é um dos responsáveis pelo controle das máquinas e caminhões que fazem a limpeza do terreno. Ele menciona que inicialmente eram cerca de 80 viagens realizando o transporte dos resíduos para Gravataí, mas agora são cerca de 12 viagens por dia. Ele prevê que o trabalho para a limpeza total vai durar mais alguns meses e observa que muitas empresas estão migrando para cidades como Canoas, o que tem reduzido a intensidade na coleta.

A prefeitura da Capital publicou, no Diário Oficial de Porto Alegre, o resultado do edital de chamamento público 006/2024. O processo visa contratar empresa para transporte de resíduos sólidos do desastre natural alocados no terreno de bota-espera do Porto Seco ao aterro de inertes localizado em Gravataí.

A empresa MCT Transportes LTDA foi escolhida por apresentar o menor preço para o serviço: R$ 798 mil. O peso dos resíduos depositados no Porto Seco é de 10.957 toneladas. O serviço terá prazo de execução de 30 dias e a estimativa é de ser iniciado na próxima segunda-feira, 15. A contratação emergencial engloba a carga e transporte de resíduos gerados pelo desastre climático, com fornecimento de equipamentos, caminhões, respectivos operadores e motoristas e mão de obra.


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