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Movimento no comércio de rua de Porto Alegre é discreto nesta véspera de Dia dos Pais

Setor espera bom faturamento, apesar do impacto das inundações, e identifica procura por perfil de presentes diferente do habitual para a data

Movimento no centro de Porto Alegre na véspera do Dia dos Pais melhorou apenas no fim da manhã
Movimento no centro de Porto Alegre na véspera do Dia dos Pais melhorou apenas no fim da manhã Foto : Camila Cunha

O frio reduziu o movimento no Centro de Porto Alegre neste sábado, véspera do Dia dos Pais, quinta melhor data para o comércio no ano, mas que não deve atrapalhar as projeções de vendas. A expectativa é da injeção de R$ 222 milhões apenas na economia da Capital.

Gerente de uma loja de roupas masculinas na Rua dos Andradas, Augusto Rivaldo, 36 anos confirmou que o movimento melhorou somente no fim da manhã, e enfraqueceu novamente depois das 15h. “O pessoal dormiu um pouco mais, pela manhã o vento gelado não convida a sair de casa”, brinca o comerciário.

Venda antecipada

Paloma Medeiros, responsável por uma loja de moda masculina no Centro Histórico, afirma que o volume de vendas maior ocorreu ainda no final do mês de julho. A mesma impressão tem Patrícia Medeiros, responsável por uma loja de perfumaria, que estima crescimento de 5% em agosto na comparação com o início do mês passado.

Fogão para o papai

De forma geral as vendas estão superando as expectativas. De acordo com a projeção da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) o volume de vendas neste ano deve alcançar R$ 735 milhões no Rio Grande do Sul, representando um incremento de 5% na comparação com a mesma data de 2023. E de acordo com pesquisa da CDL POA, o gasto médio com presentes gira entorno de R$ 266.

Apesar de as roupas continuarem o primeiro item de escolha, seguido por perfumaria e calçados, o Sindilojas Porto Alegre identificou uma mudança de comportamento na escolha do presente por parte de alguns consumidores e que, conforme o presidente da entidade, Arcione Piva, está ligada aos eventos climáticos de maio.

“Muitas pessoas perderam bens necessários em suas casas nas enchentes, portanto, percebemos muitas compras de eletrodomésticos e outros equipamentos para lar, com destaque para o fogão”, revela.

Outra realidade que “esconde” o volume de negócios é a venda online, tida pelo Sindilojas como crescente. “Há movimento nas lojas, mas é os sites registram aumento das vendas”, completou Piva.