Nível do Guaíba deve estabilizar acima de 5m após repique de cheias, segundo o IPH

Após o repique de cheias, o nível do Guaíba deve estabilizar acima de 5 metros, segundo a nova previsão do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs.

Os cenários também indicam recuo lento da água nos próximos dias, ficando acima de 4 metros durante esta semana. A duração da recessão com níveis elevados pode ser prolongada, dependendo do volume de futuras chuvas.

Os níveis do Guaíba tiveram elevação, estabilizando em torno de 5,21m nesta manhã, às 10h15. O pico registrado até o momento ocorreu no domingo, dia 5, em torno de 5,3 m. Iniciou recessão lenta na quarta-feira, até 4,56m no sábado. Apresentou repique desde domingo, dia 12, com elevação de mais de 50cm nas últimas 24h.

A principal preocupação do momento é a atual elevação em função das chuvas e do efeito do vento.

Até sexta-feira, os rios afluentes ao Guaíba apresentavam lenta redução em níveis elevados (Jacuí, Sinos, Gravataí) ou moderados (baixo Taquari). Nas últimas 24h, não houve volume significativo de chuva. Mas nos últimos 4 dias, ocorreu precipitação expressiva de mais de 150mm em grande região e mais de 250mm em alguns casos, cobrindo grande parte das bacias do Taquari, Sinos, Caí e Jacuí.

Os rios Taquari, Caí, Sinos e Jacuí apresentaram resposta com subida para níveis elevados, sendo Taquari e Cai já em recessão, Sinos em elevação e baixo Jacuí iniciando repique. Não há previsão de chuva nas próximas 24h.

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A previsão é de acumulados de chuva de 75 mm nos próximos cinco dias, maiores na quinta-feira na metade norte do RS. Além disso, pode haver maiores acumulados nos próximos 10 dias, chegando a mais de 150 mm com chuva entre segunda e terça-feira. O vento sul foi intenso na Lagoa dos Patos nas últimas 24h, mas está enfraquecendo e virando para sudoeste/oeste, podendo retornar entre sexta e sábado e a próxima terça-feira.

Considerando a elevada duração prevista e o repique da cheia com subida de níveis, a recomendação do IPH é manter a atenção a todas as áreas de risco, incluindo aquelas em que a inundação teve redução; atenção especial a população afetada e ações imediatas para reestabelecimento de infraestruturas e manutenção de serviços essenciais como o saneamento básico.