Nível do Rio dos Sinos baixa em São Leopoldo e prefeitura confirma cinco óbitos pela enchente
Neste sábado, a mediação do nível do Rio dos Sinos apontava a marca de 5,78m, baixando 1cm por hora

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O Município de São Leopoldo recebeu a confirmação da Secretaria Estadual de Segurança, de 5 óbitos registrados na cidade em decorrência das enchentes. Na manhã deste sábado, a mediação do nível do Rio dos Sinos é de 5,78m, baixando 1cm por hora. A Defesa Civil está em permanente alerta diante da previsão de mais chuvas até segunda-feira, que podem chegar a acumulados entre 40mm à 90mm por dia. Mais de 180 mil pessoas foram impactadas diretamente pela histórica enchente que atingiu a marca de 8,20m na madrugada de 4 de maio, extravasando o muro do dique e causando consequente danos ao sistema de contenção de cheias
De acordo com a Administração, entre 10 e 12 mil pessoas estão desabrigadas. Até o momento já foram mapeados 88 abrigos na cidade, e outros 22 em municípios da região. Mais de 100 mil pessoas ainda estão desalojadas devido aos alagamentos nos bairros Vicentina, Paim, São Miguel, Campina, Scharlau, Jardim Fênix, Rio dos Sinos, Santos Dumont, Vila Brás, Vila Brasília, Jardim Viaduto, Vila Glória, Pinheiro, Independência, São Geraldo, Madezzati, Santa Marta e Centro. Foram identificadas que 60 escolas, entre municipais, estaduais, particulares e conveniadas foram alagadas, além de 14 unidades de saúde das 26 que atendem no município.
Isaura Maria Menezes, que tem casa no bairro São Miguel, está alojada na casa da filha. Segundo ela, o imóvel que terminou de construir no ano passado, está totalmente embaixo da água. “O sentimento é desolador. Saber que trabalhamos uma vida toda para adquirir o pouco de temos ir embora assim, levado pela água. Ninguém imagina que isso iria acontecer. O que me consola é que todos da minha vida estão bem e com saúde.” Ana Paula Bittencourt assiste a cenas de terror e tristeza do 8º andar no prédio em que mora com a família. “Optamos por não sair, devido aos nossos animais e aos mantimentos que ainda temos aqui. Temos comida para bastante tempo e água, mas nosso psicológico está muito abalado. É desolador olhar a cidade tomada pela água daqui de cima.”