Nova Santa Rita estima que perdas na agricultura ultrapassem R$ 59 milhões devido às inundações
Entra na conta mais R$ 173 mil da padaria comunitária, que teve prejuízo com máquinas e insumos, além da perda de receita por deixar de funcionar

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Um laudo preliminar avaliando as perdas no setor da agricultura provocadas pelas chuvas excessivas e inundações registradas entre abril e maio na cidade de Nova Santa Rita, cujo acumulado chegou a registrar em torno de 530 mm (volume muito acima da média mensal da cidade, que é de 150mm), aponta que os prejuízos podem ultrapassar a casa dos R$ 59 milhões. A cheia causada pelas bacias dos rios dos Sinos, Caí e Jacuí provocaram supressão da produção com redução significativa da estimativa de receitas esperadas dos cultivos.
Segundo levantamento feito pelo escritório da Emater em conjunto com técnicos da Prefeitura, no que se refere ao cultivo de hortaliças, as perdas foram severas e representam 90% da produção. Com relação arroz convencional, dos 3,7 mil hectares cultivados, faltavam 1,4 mil para serem colhidos, o que corresponde a 40% de prejuízo. Já o arroz orgânico, de 740 hectares cultivados, 480 hectares foram extraviados com a inundação, ou 65%. No milho entre grãos e para silagem foram 40 hectares perdidos, e na soja outros 80 hectares tiveram quebra na colheita por conta da enchente.
A totalidade de prejuízos aumenta com a destruição de 45 mil sacas de arroz convencional já colhidos e armazenados em silos que foram completamente inundados. No arroz orgânico são 15 mil sacas que se perdem por falta de energia elétrica para manter o alimento seco depois de colhido. O somatório destes números aponta para a perda de R$ 59 milhões de receita bruta esperada dos cultivos. Entra na conta mais R$ 173 mil da padaria comunitária Sinos, que teve prejuízo com máquinas e insumos, além da perda de receita por deixar de funcionar.
A Emater ainda observa que estes números podem se elevar ainda mais, pois não estão contabilizadas as perdas de animais como suínos, gado de leite e de corte, equinos e ovinos, cujo levantamento ainda não foi possível, devido ao nível da água. Também não fazem parte dos cálculos, maquinário e equipamentos, além galpões, silos e casas.