Nova Santa Rita terá mais 20 horários de ônibus a partir desta terça

Diante das queixas apontadas pelos usuários do transporte público metropolitano sobre o serviço prestado pela empresa STI – que integra o Consórcio Via Nova x Sogal – e que tem a concessão do serviço na cidade, a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), a partir desta terça-feira, disponibilizará aos usuários mais 20 novos horários, incluindo o itinerário que vai até a Ulbra, em Canoas. Entre as reclamações dos moradores estão a falta de manutenção da frota, goteiras em dias de chuva, falta de iluminação, carros quebrados e a superlotação dos coletivos. Por isso, na semana passada, o prefeito Battistella entregou à Metroplan um documento pedindo a troca da empresa. “As condições dos nossos ônibus são historicamente precárias. Eles operam em nossa cidade sem as mínimas condições, e não é de agora. Não há mais condições de continuar com um serviço como este.” Battistella também pediu a intervenção do Ministério Público, solicitando apoio na troca da empresa.

O diretor de Transportes da Metroplan, Francisco Horbe, diz que a disponibilização de mais 20 horários atende as reivindicações e anseios da comunidade que diariamente é ouvida através da ouvidoria do setor pelo 0800 510 4774. “Estamos reforçando a grade de horários e atendendo mais usuários em horários de pico, além de atender outras solicitações da comunidade.” Entretanto, segundo ele, não é possível a substituição da empresa como solicitou o prefeito. “A STI tem uma concessão que chamamos de precária, em virtude da época de pandemia. Só podemos passar a concessão para outra empresa se houver desistência da atual empresa que presta o serviço, por meio de um contrato emergencial. Ou ainda, por meio de uma licitação pública, cujo processo é demorado.”

Horbe explica que a empresa foi notificada para, em 30 dias, apresentar um plano de ação (ou um plano de contingência) que possa dar melhores condições aos passageiros de usar os serviços da empresa. “Ou seja, a empresa deve atender as reivindicações da comunidade e apresentar melhorias. A partir daí, vamos reavaliar o serviço e firmar um termo de compromisso junto com o Ministério Público. Caso isso não surta efeitos, daí sim ela pode ser substituída ou até mesmo cassada. Porém, isso fará parte de um processo administrativo que é coordenado pelo nosso setor jurídico. A nós cabe o poder de regular e fiscalizar o serviço prestado à comunidade.”

O diretor de Transportes ainda diz que a crise do sistema do transporte público é calamitosa em todo o País devido à pandemia do novo coronavírus e não é apenas uma situação isolada de Nova Santa Rita. “Atualmente atendemos 2,7 mil usuários por dia na cidade. Antes da pandemia este número era de 5,1 mil por dia.”