ONG Chimarrão da Amizade, afetada pelas cheias de maio, passa por ação de revitalização em Canoas
Instituição atende mais de 330 pessoas com deficiência intelectual e oferece suporte para familiares
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O projeto ONG Chimarrão da Amizade, com sede no bairro Mathias Velho, em Canoas, um dos locais mais prejudicados pelas enchentes de maio, foi contemplado com o programa “A Gente [Re] faz”, recebendo melhorias para reabrir suas portas. Fundada em 1981, por meio da iniciativa de dois casais que mobilizaram a comunidade para defender os direitos das pessoas com deficiência e fomentar a participação deste público na sociedade, o projeto teve materiais, como computadores, refrigeradores, condicionador de ar, cozinha industrial, lavanderia, salas de atendimento, mobiliário e documentos completamente extraviados, bem como a estrutura do espaço comprometida pelas águas da inundação.
Através da campanha “A Gente [Re] faz”, uma ação da DU99, responsável por promover atividades de impacto social para ressignificação de espaços comunitários, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB), a ONG teve o espaço revitalizado. Foram feitos reparos na fiação elétrica, iluminação, divisórias e no forro, bem como aquisição de mobiliários e pintura na fachada. A partir de agora, é possível a retomada das atividades no local. A arquiteta Aline Fuhrmeister, fundadora da DU99, disse que “resolveu mudar o mundo através da arquitetura.” Em apenas um dia espaços e áreas degradadas ou devastadas pela inundação são transformadas com a participação de voluntários e colaboradores.
A ONG atende mais de 330 pessoas com deficiência intelectual, entre crianças, adolescentes, idosas e seus familiares, mantendo atividades por meio de convênios com programas públicos, parcerias com iniciativas privadas, doações e realização de eventos. Além de pessoas com deficiência intelectual, a organização passou a atender também crianças e adolescentes com transtorno do desenvolvimento ou dificuldade de aprendizagem (incluindo casos de TDAH e Autismo). A instituição também acolhe mulheres idosas com deficiência, em especial aquelas que estão em situação de vulnerabilidade social e necessitam de cuidados.