Passo Fundo não terá carnaval de rua em 2022

A preocupação com a continuidade da pandemia fez com que a prefeitura de Passo Fundo decidisse vetar a realização do carnaval de rua. Além das condições sanitárias, a administração municipal alegou que não há tempo hábil para a captação de verbas, organização das agremiações e produção do evento. A decisão foi anunciada nessa segunda-feira pelo prefeito do município, Pedro Almeida, após uma reunião com a Liga Independente das Escolas de Samba. 

Como alternativa, o Executivo propôs a construção conjunta de um evento no Parque da Gare, similar às festividades dos carnavais populares promovidos em anos anteriores. “Queremos garantir a retomada de eventos que sejam sustentáveis e que contemplem toda a população, pois sabemos que a organização de um desfile envolve muitos atores e demanda investimentos que não temos condições de custear, além de exigir um tempo prévio que não dispomos”, observou Almeida.

O prefeito disse, ainda, que será aproveitado o espaço do Parque da Gare para realizar um carnaval popular no anfiteatro com atrações musicais locais, incentivando um maior envolvimento das famílias. “Muitas iniciativas culturais e artísticas que serão fomentadas no próximo ano atendem ao objetivo de envolver a comunidade é preciso mobilizar as pessoas, trabalhar de forma estruturada e organizada para que seja possível construir uma festividade popular, pautada na tradição carnavalesca que durante muitos anos movimentou a comunidades”, observa.

Segundo o com o presidente da Liga, Felipe Machado, a preocupação com os cuidados sanitários e os protocolos de prevenção ao coronavírus fazem parte dos debates da entidade com as escolas de samba locais, que compreenderam o momento vivido em saúde pública. “Entendemos a preocupação do Executivo e nos somamos a ela e, além disso,  queremos popularizar, novamente, o carnaval em Passo Fundo e, para isso, é preciso agir de maneira organizada”, afirma. Ela disse que o Carnaval Popular da Gare, sugerido pelo prefeito como alternativa, é uma possibilidade de manter viva a cultura popular do samba”, disse.