Porto Alegre aguarda resultado de chamamento público para encerrar quatro depósitos provisórios de resíduos da enchente
Chamados de bota-espera, locais ainda concentram aproximadamente 38 toneladas de materiais coletados na Capital
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A prefeitura de Porto Alegre realizou nesta semana o chamamento público para selecionar as empresas que farão a coleta e transporte dos resíduos da enchente de quatro bota-espera. As propostas recebidas serão analisadas pela Secretaria de Parcerias do município, e os serviços deverão ser iniciados em até sete dias após a definição das vencedoras.
Dois editais foram lançados. O primeiro inclui o transporte de 37.450 toneladas de resíduos dos bota-espera localizados na avenida dos Estados e na rua Voluntários da Pátria para um aterro de inertes em Minas do Leão; o segundo trata da remoção de 20 mil toneladas de materiais depositados em terrenos das avenidas Élvio Antônio Filipetto, no bairro Rubem Berta, e da avenida Serraria, no bairro Espírito Santo, com destino a Santo Antônio da Patrulha.
O serviço terá prazo de execução de 30 dias, a contar da ordem de início. A contratação emergencial engloba a carga e transporte de resíduos gerados pelo desastre climático, com fornecimento de equipamentos, caminhões, respectivos operadores e motoristas e mão de obra. O critério de escolha da proposta será o de menor preço por lote.
Devido à suspensão de envio para o aterro de inertes de Gravataí, que ocorreu no dia 20 de julho, a limpeza destas quatro áreas está suspensa. Como medida emergencial, o Bota-espera da Severo Dullius, localizado na Sérgio Jungblut Dieterich, 1201, recebeu os entulhos de outras três centrais provisórias que foram limpas nos últimos dias, além da produção gerada pelos repasses de limpeza ainda em execução na cidade.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) informa que encerrou de forma permanente as unidades dos bairros Navegantes (rua Voluntários da Pátria), no Floresta (avenida Cairú com a rua Voluntários da Pátria) e do Centro Histórico (avenida Loureiro da Silva).
Ainda de acordo com o Departamento, estão em andamento as definições logísticas para a destinação dos materiais para os aterros de Minas do Leão e Santo Antônio da Patrulha, credenciados nesta semana pela Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) para receber resíduos recolhidos após a enchente na Grande Porto Alegre.
Enquanto aguarda a limpeza da área utilizada pelo DMLU junto ao Complexo Cultural do Porto Seco, a moradora da Vila Amazonas, Thaís Lima afirma que a presença de roedores e outros insetos causam preocupação. “Incomoda e dá medo”, resume.