Prefeitos da Região Metropolitana são contrários à retomada das aulas em setembro

Prefeitos da Região Metropolitana são contrários à retomada das aulas em setembro

Nova reunião será feita no final do mês, avaliando a possibilidade da montagem de calendário para outubro

Fernanda Bassôa

Prefeitos da Região Metropolitana criticam o recomeço das aulas presenciais pela educação infantil

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Prefeitos que integram o Consórcio dos Municípios da região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) reuniram-se na manhã desta quinta-feira para discutir a retomada das atividades escolares presenciais. De acordo com a presidente da Granpal, a prefeita de Nova Santa Rita, Margarete Ferretti, os gestores não são favoráveis à retomada das atividades presenciais em setembro. “Há o entendimento que a contaminação da doença ainda tem índices altos na região, com leitos muito ocupados. O diálogo com a comunidade escolar e também com os pais dão conta de que 90% deles ainda são contra essa retomada agora", disse.

Segundo ela, também preciso mais tempo para organizar as estruturas de educação e pensar pedagogicamente na qualidade do ensino das crianças. Por isso, o grupo se reunirá no final de setembro para estudar a possibilidade da montagem de um calendário para outubro.  

Outra crítica bastante debatida entre os prefeitos é o recomeço das aulas pela educação infantil. “Acreditamos que o mais prudente seria retomar pela educação dos adultos, pelas universidades, que têm protocolos mais rigorosos. A criança não tem muito entendimento e nem tanto cuidado por conta da idade. O risco de se retomar as aulas pela educação infantil é muito grande”, disse Margarete. 

A secretária de Educação de Triunfo, Roseli Machado, diz que o retorno é inadequado. Segundo ela, os conselhos municipais de Educação e de Saúde não validam o recomeço. “É arriscado para as crianças, para os professores, para toda comunidade escolar que é vulnerável.” 

O prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier, sugere que o Estado proponha uma retomada gradativa diferente entre a rede pública e a privada. “São cenários completamente distintos, sejam eles econômicos, de estrutura, de ordem financeira”, pontuou.

O prefeito de Sapucaia do Sul, Dr. Luis Rogério Link relembrou que, há dois meses, os hospitais estão 100% lotados em virtude da Covid-19. Nesse cenário, segundo ele, é impossível retomar a rotina escolar com normalidade.


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