Prefeitura de Sapucaia do Sul assina contrato emergencial com nova empresa de transporte coletivo

Prefeitura de Sapucaia do Sul assina contrato emergencial com nova empresa de transporte coletivo

O valor da tarifa seguirá o mesmo

Fernanda Bassôa

A Real Rodovias, que realizava o serviço anteriormente, teve o contrato revogado no final do mês de agosto

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A Prefeitura de Sapucaia do Sul assinou contrato emergencial com a empresa Expresso Charqueadas Transportes Ltda que, a partir de 19 de setembro, iniciará as operações do transporte coletivo na cidade. O contrato, assinado nesta segunda-feira tem validade de 180 dias e o edital para contratação de nova empresa está em fase de elaboração. De acordo com a Administração, o edital deve ser publicado até o final de setembro.

Com a nova empresa, os usuários contarão com um aplicativo, onde poderão consultar horários, itinerário e tempo que precisarão aguardar até a chegada do ônibus. Também será possível comprar passagens antecipadas por meio do aplicativo. O valor da tarifa seguirá o mesmo.

A Real Rodovias, que realizava o serviço anteriormente, teve o contrato revogado no final do mês de agosto pela Administração Municipal, em virtude de uma série de entraves, entre eles a qualidade dos serviços prestados pela empresa e até a falta de pagamento dos funcionários. Em junho, os rodoviários chegaram a cruzar os braços por uma semana em razão dos atrasos salariais. Cerca de 5,2 mil pessoas usam o transporte coletivo diariamente na cidade. 

O diretor financeiro da Real Rodovias, Wilson Garcia, explica que a empresa ganhou a licitação para executar o serviço em Sapucaia do Sul no ano de 2003, com validade de 15 anos, podendo ser prorrogado por mais 15. “Em outubro de 2018 esse prazo venceu e o Município, mediante direito de não renovar, não o fez. Entretanto, para que ocorra a não renovação é preciso apresentar uma justificativa. A Prefeitura argumentou que não estava sendo prestado um serviço adequado, o que não corresponde a verdade.”

Segundo Garcia, do final de 2018 até agora, a Prefeitura tem renovado de forma emergencial, de seis em seis meses, os serviços do transporte coletivo. “Desta forma, a contratação emergencial foi renovada por quatro vezes. Um pouco antes da pandemia já estávamos tendo dificuldade com a receita, tendo em vista a quantidade de motoristas por aplicativo, a concorrência e o preço da passagem. Com o novo coronavírus, os problemas se agravaram de forma exponencial. Perdemos 90% da receita o que culminou em atrasos salariais.”

O diretor financeiro, que não concorda com a revogação do serviço determinado pela Administração, diz que tem ajuizada duas ações cíveis (uma pela não renovação do contrato e outra pelos prejuízos na pandemia) e uma ação trabalhista, onde Prefeitura e Sindicato também são partes do processo.  

 


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