Prefeitura lança sistemas digitais para arquitetos e premia práticas sustentáveis de construtoras em Porto Alegre
Certificações foram entregues a incorporadoras que realizaram práticas como redução da emissão de gases de efeito estufa

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A Prefeitura lançou, nesta sexta-feira, três sistemas digitais voltados a trabalhos técnicos de arquitetura e urbanismo em Porto Alegre. Foram, ainda, entregues Certificações Sustentáveis ao Colégio Farroupilha a nove construtoras que aplicam medidas sustentáveis em seus empreendimentos, como a redução da emissão de gases de efeito estufa. O lançamento, com a presença do prefeito Sebastião Melo e secretários municipais, foi na sede da Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus).
A aprovação de novos projetos também passa a ser automatizada na Capital, com o pedido de análise feito de maneira eletrônica. Até 2020, o processo era realizado em papel, e, depois, em formato PDF. Também houve o lançamento da nova plataforma geoespacial de Porto Alegre, o GeoPOA, para consulta do regime urbanístico e outras características do terreno, assim como a nova versão do DMWEB, no qual também podem ser consultados itens de infraestrutura, bens tombados e áreas de preservação.
De acordo com a Smamus, nos últimos quatro anos, foram aprovados 6.824 projetos em Porto Alegre, somando 12,5 milhões de metros quadrados, consolidando um montante de R$ 69 bilhões de Valor Geral de Vendas (VGV). De 2021 a 2024, a arrecadação acumulada de IPTU, ITBI, ISS e ICMS, sendo esta a estimativa do repasse do governo do Estado a partir da cadeia produtiva da construção civil, alcançou R$ 6,9 bilhões, representando 46% das receitas tributárias municipais no período.
A indústria da construção representa ainda mais de 14% dos vínculos empregatícios formais em Porto Alegre, somando vínculos diretos e agregados. O programa de Certificações Sustentáveis, criado há dois anos, já emitiu 150 certificados, dos quais 90% são projetos novos. Desta vez, receberam a láurea a Cyrela, Garst Construções, GND Incorporadora, Home Plus, KLBRR Incorporações, Melnick, Pavei, Plaenge e Zuckhan, além do Farroupilha.
Segundo Melo, o planejamento urbano deve considerar sustentabilidade, mobilidade urbana e cuidados com a cidade. “Porto Alegre é uma usina de oportunidades, mas há também desafios que já eram grandes antes das enchentes. A cidade vivia um momento espetacular de negócios e autoestima. A pobreza está sendo levada para longe da cidade, e quando isso ocorre, não há transporte, creche, escola e posto de saúde adequados. Precisamos, então, que o Plano Diretor dialogue com a cidade, porque não vemos a discussão sobre áreas de risco, sobre mobilidade”, comentou ele.