Projeto de concessão de áreas de Canela sai da pauta
Proposta da prefeitura envolvendo o Parque do Palácio seria analisada hoje pelos vereadores
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Uma parcela da comunidade defende a preservação da área. Em carta aberta à população, o prefeito Constantino Orsolin estabelece prazo de 120 dias para que os defensores da área apresentem alternativa concreta de sustentabilidade, que contemple a construção de um centro de eventos sem custos aos cofres municipais. “Que bom que, aliados aos jovens que com tanto ardor e amor defendem o Parque do Palácio, existem também empreendedores, empresários, políticos de visão, pessoas cultas e inteligentes que por certo saberão conduzir um processo, eficiente e rápido, de alternativa para aquela área, para que assim não corramos o risco de perder a administração do Parque do Palácio e para que o mesmo se torne autossustentável”, descreve.
O secretário de Turismo, Ângelo Sanches, destaca que a construção de um centro de eventos foi uma exigência do governo estadual quando doou o espaço para a prefeitura em 2010. Com 9,1 hectares, o parque preserva vegetação nativa em área central de Canela. “Serão edificados dois hectares. Os outros sete serão mantidos pela empresa com trilhas ecológicas, segurança 24 horas e infraestrutura adequada.” Sanches afirma que apenas existe um protocolo de intenções de uma empresa de Santa Catarina. “Fizemos tudo de forma transparente. Depois da aprovação da Câmara, os interessados em assumir a concessão precisarão passar por um processo licitatório. É um projeto que será construído a quatro mãos com a comunidade”, garante.
O Grupo de Amigos do Parque do Palácio deve fazer um manifesto público hoje. “Somos um grupo que quer que o parque seja transformado em área de preservação permanente para que não fique sujeito a um governo ou a decisões políticas”, diz Sônia Guimarães. Segundo ela, existe desde 2001 um projeto de melhorias para o local. “Queremos retomar esse projeto que prevê a construção de cancha de bocha, quadras esportivas, anfiteatro ao ar livre, aproveitando o declive do terreno e outras benfeitorias para melhorar o uso.” Sônia afirma que o grupo também se mobilizará a fim de retirar a imposição para a construção do centro de eventos.