Renovação do Patrimônio: Casa do Conde de Porto Alegre tem fachada restaurada pelo IAB/RS
Uma comemoração ao ar livre marcou a entrega da obra no centro da Capital
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O prédio histórico conhecido como Solar do Conde de Porto Alegre é um dos últimos exemplares de solar urbano existentes no centro de Porto Alegre. E quem passar na esquina da Rua Riachuelo com a Rua General Canabarro vai poder conferir o restauro da fachada conduzido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil no RS (IAB/RS). Para celebrar a entrega da obra, foi realizado um evento de inauguração ao ar livre que contou com a participação de diferentes atrações culturais durante o sábado.
O edifício, doado pelo governo gaúcho ao IAB-RS nos anos 1990, passou por várias etapas de restauro, incluindo a renovação da fachada, que envolveu a substituição de elementos deteriorados, como o reboco de 1930. A restauração contou com desafios intrigantes, como a recuperação de elementos históricos como as vergas metálicas e ornamentos, além de lidar com questões estruturais, como rachaduras profundas.
A co-presidente da entidade, Paula Motta, afirma que é um legado a ser deixado. “Estamos muito felizes com essa entrega, que é importante para a cidade e o instituto. Os processos de restauro passaram por diversas gestões, e a atual administração focou em partes bem importantes, como a colocação do piso com madeira doada pelo IBAMA, a parte elétrica, o mobiliário das salas de administração, pintura, ou seja, investimos recursos para que esse prédio permaneça ao longo dos próximos anos”, disse. Paula reitera que “o restauro da fachada é uma entrega importante, porque vai ser devolvido para a paisagem do Centro Histórico e a população. É a casa dos arquitetos, mas está aberto para toda a comunidade”, explica.
A diretora financeira do IAB-RS e integrante do grupo de trabalho de obras, Rochele Pizzolotto Lyrio, enfatizou o trabalho coletivo que tornou possível essa conquista significativa. E o arquiteto Lucas Volpatto, responsável pela última etapa do restauro da fachada, destacou os desafios envolvidos na decifração das técnicas construtivas antigas e na restauração de elementos históricos. “Recuperamos as vergas metálicas e alguns ornamentos dessa época, como molduras das janelas e as mísulas, que são os elementos que dão sustentação aos balcões, bem como questões estruturais, entre elas rachaduras profundas”, explicou.
