Rio Grande do Sul tem cerca de 55 mil condutores PCDs habilitados
São 42.495 homens e 12.159 mulheres portadores de algum tipo de deficiência no Estado
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No Rio Grande do Sul, dos 5,5 milhões de condutores habilitados, cerca de 55 mil são Pessoas com Deficiência (PCDs), destacando a relevância da inclusão e adaptação no trânsito.
Entre os motoristas PCDs, a maioria é composta por homens, totalizando 42.495 habilitados, enquanto as mulheres representam 12.159 condutoras com essa condição. Esses números refletem a presença crescente das pessoas com deficiência nas ruas e reforçam a importância de garantir acessibilidade e segurança no trânsito para esse público.
Faixas Etárias e Restrições
Os dados também revelam que os idosos acima de 65 anos representam a faixa etária com maiores restrições para dirigir. No total, são 14.291 habilitados, sendo 11.624 homens e 2.667 mulheres. Entre os motoristas de 61 a 65 anos, há 6.493 PCDs habilitados, dos quais 5.157 são homens e 1.336 são mulheres.
Além disso, entre os principais tipos de adaptações necessárias para motoristas PCDs estão o uso de veículos com direção hidráulica, transmissão automática, embreagem manual, com automação de embreagem ou transmissão automática, e a obrigatoriedade do uso de manopla (pomo), dispositivo que facilita a direção.
Para o presidente da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do RS (ABRAMET/RS) e especialista em Medicina do Tráfego, Ricardo Hegele, a inclusão de motoristas PCDs no trânsito é fundamental para garantir o direito de ir e vir com segurança e autonomia. “A acessibilidade deve ser garantida como um direito fundamental, permitindo que motoristas PCDs tenham autonomia e qualidade de vida. Isso inclui a adaptação dos veículos e a criação de condições adequadas para que esses condutores possam exercer seu direito de dirigir com segurança”, salienta Hegele.
O Papel da Medicina do Tráfego
A Medicina do Tráfego desempenha um papel essencial na avaliação e acompanhamento dos motoristas PCDs, garantindo que a condução seja segura tanto para eles quanto para os demais usuários das vias. O médico do tráfego é responsável por realizar exames rigorosos, avaliando a capacidade física e mental do condutor, para assegurar que ele esteja apto a dirigir com as adaptações necessárias. “A inclusão no trânsito não é apenas uma questão técnica, mas também social, assegurando que as pessoas com deficiência tenham acesso a uma mobilidade digna e sem barreiras”, afirma Hegele.