São Leopoldo terá aumento de R$ 7,25 na tarifa básica de água

São Leopoldo terá aumento de R$ 7,25 na tarifa básica de água

Já para a tarifa social, que beneficia 10 mil famílias na cidade, o reajuste será de R$ 2,90

Stephany Sander

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Após o aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), os moradores de São Leopoldo terão que lidar com mais uma alta. A tarifa básica residencial do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) terá um reajuste de R$ 7,25. Já para a tarifa social, que beneficia 10 mil famílias na cidade, o reajuste será de R$ 2,90. Segundo a companhia, a mudança se dá pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGPM), que encerrou 2020 com alta acumulada de 23,14%, no resultado mais elevado de um ano nos últimos 12 anos, conforme apontamento da Fundação Getúlio Vargas.

Tendo em vista a correção dos contratos com base neste indicador e a elevação dos custos dos insumos, assim como a sustentabilidade financeira do Semae, a Prefeitura Municipal e a autarquia encontraram uma alternativa de redução do impacto do reajuste, utilizando um estudo realizado pela Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), com o percentual de 19,8% no reajuste de 2021, abaixo do indicado pelo IGPM.

A aplicação deste percentual se deve à essencialidade do serviço ofertado pelo Semae, possibilitando que sejam mantidos os padrões de qualidade. Além disso, o reajuste assegura a manutenção dos investimentos, possibilitando à autarquia levar água com boa qualidade e em quantidade suficiente para garantir o abastecimento de São Leopoldo.

Neste mesmo período, em razão do IGPM, com índice de 23,4%, haverá uma elevação das despesas, tais como energia elétrica, e custo com insumos para o tratamento da água e esgoto, em razão do reajuste dos contratos e do aumento de gastos com fornecedores estimados em mais de R$ 11 milhões.

De acordo com o vice-prefeito e diretor-geral do Semae, Ary Moura, o reajuste garante o equilíbrio dos custos da operação, principalmente em razão dos novos investimentos realizados nos últimos anos. O investimento na qualificação dos serviços e na melhoria da infraestrutura têm impacto no abastecimento da população.

Há, pelo menos, cinco anos, por exemplo, não há a necessidade de racionamento de água. A nova realidade é reflexo do aumento da capacidade de captação de água do Rio dos Sinos, com instalação de novas motobombas, assim como a diminuição de vazamentos na rede. Com o reajuste, o metro cúbico da água, equivalente a mil litros, passa de R$ 1,22 para R$ 1,46 (até 10m³), de R$ 3,08 para R$ 3,69 (de 11 a 15m³), de R$ 6,84 para R$ 8,19 (de 16 a 30m³).

 

 

Correio do Povo
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