Saiba o que motivou a paralisação de rodoviários na região Metropolitana

A greve dos rodoviários, deflagrada na manhã desta segunda-feira em oito cidades da região Metropolitana, foi motivada por questões salariais. Segundo integrantes do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana (Sindimetropolitano) há o dissídio que precisa ser pago e isso não ocorre há oito meses. O valor total aproximado seria de R$ 1,2 mil para cada trabalhador. Seriam cerca de 4 mil rodoviários sem o reajuste.

"Nós temos uma diferença salarial para receber. Faz oito meses que estes valores estão atrasados depois do acordo que foi feito entre sindicato e empresas. Como veio a enchente, a gente foi negociando e ‘empurrando com a barriga’. Isso chegou a ser acertado três vezes e a última data era a de hoje, dia 16”, relatou ao Correio do Povo Agenor Fernando da Luz, um dos representantes do Sindimetropolitano.

Conforme Luz, houve um retorno de representantes das empresas na última sexta-feira, mas que não foi positivo. “O que nos disseram é que não conseguiram pagar essa diferença salarial e nem saberiam se poderiam pagar o 13º salário. O trabalhador, contando com esse dinheiro, não teve outra alternativa a não ser paralisar e assim fizemos”, contou.

Sem ônibus e poucas alternativas

A garagem da Soul, empresa que atende Porto Alegre, Alvorada, Viamão, Eldorado do Sul, Gravataí e parte de Cachoeirinha, deveria ter 80 ônibus nas ruas, mas saíram apenas dez.

Na garagem da Transcal, companhia de transporte que atende Alvorada, Canoas, Gravataí e Porto Alegre, apenas dois coletivos deixaram o local porque há um contrato estabelecido com o Aeroporto Internacional Salgado Filho.