Santa Cruz do Sul institui Comissão de Emergência para enfrentamento de alagamentos

Santa Cruz do Sul institui Comissão de Emergência para enfrentamento de alagamentos

Grupo fará analise técnica para verificar as causas do problema

Otto Tesche

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Com o objetivo de dar uma resposta mais ágil à comunidade após os estragos decorrentes das duas últimas chuvas fortes, nos dias 28 de janeiro e 12 de fevereiro, a prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany, criou nesta quinta-feira uma Comissão de Emergência para enfrentamento de alagamentos. O grupo, sob coordenação da Defesa Civil, tem a responsabilidade de fazer uma análise técnica dos problemas que ocasionaram os alagamentos para então poder atacar essas questões com os investimentos necessários.

Com o emprego de quadro técnico das áreas envolvidas e dentro de um prazo ainda não estabelecido pela comissão, o grupo deverá apresentar em breve um relatório com os esforços de enfrentamento aos desastres que ocorreram nos últimos meses, avaliação técnica da atual estrutura de drenagem urbana, definição de ações imediatas e mediatas para solucionar o problema de alagamentos e enxurradas e planos para outros desastres. “Não podemos ter um terceiro ou quarto episódio dessa magnitude, por isso vamos fazer um levantamento do que é prioridade e atacar pontualmente com as intervenções que precisam ser feitas”, disse o coordenador da Defesa Civil, Anderson Matos Teixeira. Ele explica que inicialmente não há necessidade de grandes intervenções e aponta dois fatores como responsáveis pelo agravamento das ocorrências. “O próprio crescimento urbano, ou seja, muita gente morando no mesmo espaço, sem que a drenagem acompanhe esse desenvolvimento. E o outro é a questão dos bueiros entupidos e do lixo atirado em qualquer lugar. Isso faz com que a água que deveria ser retirada das ruas e ir para as tubulações, fique ali e acabe atingindo as residências”, avaliou.

Durante a reunião desta quinta-feira, a prefeita Helena Hermany destacou a necessidade de uma campanha mais abrangente para conscientizar a comunidade acerca do descarte correto de lixo. O depósito de materiais em arroios, sangas e demais cursos d`água contribui para agravar os alagamentos. Sofás, geladeiras, fogões e todo tipo de mobiliário são encontrados a cada operação de desassoreamento. Nos últimos dias, mais de 100 cargas de lixo foram recolhidas pela prefeitura, somando os entulhos depositados nas ruas pelos moradores que tiveram suas residências atingidas. Muitos desses materiais haviam sido descartados de forma irregular, problema que é recorrente no município. Depois que a prefeitura recolhe, em poucos dias mais lixo é depositado e o ciclo parece não ter fim.


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