Santa Cruz do Sul terá central de regulação compartilhada do Samu

Santa Cruz do Sul terá central de regulação compartilhada do Samu

Implantação deve ser concluída até o início de dezembro

Otto Tesche

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A cidade de Santa Cruz do Sul estará entre as três do Rio Grande do Sul com uma Central de Regulação Compartilhada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência até o fim deste ano. A assinatura do convênio com a Secretaria Estadual de Saúde ocorreu na segunda-feira no local onde haverá a instalação da base do Samu. O evento contou com a presença da secretária estadual Arita Gilda Hübner Bergmann.

O objetivo da instalação é agilizar a prestação do serviço à população de Santa Cruz do Sul. Pelo sistema atual, a ligação cai em uma central do Samu em Porto Alegre, que faz o cadastro do usuário, com informações pertinentes ao atendimento. A partir da mudança, a chamada entra em uma fila de espera para regulação do médico na própria Central. O coordenador médico do Samu no Estado, Jimmy Herrera, fez uma simulação durante o evento de como funcionará o atendimento a partir da instalação da regulação compartilhada. De acordo com ele, a ligação ainda cairá em Porto Alegre, porém, o médico regulador de Santa Cruz terá acesso assim que a demanda entrar no sistema. “Leva em torno de três segundos até a equipe sair para atendimento”, disse.

O investimento anual do município na nova estrutura é de R$ 36 mil. A secretária Arita destacou a importância da regulação compartilhada para qualificar o serviço. "Santa Cruz terá, a partir dessa regulação, mais rapidez porque a equipe local conhece a cidade e a área rural. A gestão municipal está demonstrando que quer agilidade, segurança e atendimento pontual nos chamados do Samu", disse.

A Central Compartilhada do Samu funcionará inicialmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. O atendimento poderá ser acionado pelo 192 ou pelo aplicativo Chamar 192 – SAMU, lançado neste mês pelo governo do Estado. Apenas as chamadas de Santa Cruz do Sul serão reguladas na central compartilhada local. As de outros municípios da região, que, eventualmente são atendidos pelas mesmas ambulâncias, continuarão ocorrendo em Porto Alegre.

A equipe que irá atuar pelo Samu remoto é composta por oito médicos, seis enfermeiros, nove condutores e oito técnicos em Enfermagem – os mesmos profissionais que hoje trabalham na base do município. A partir da implantação da central, que deve ser concluída até o início de dezembro, os médicos receberão treinamento para iniciar operações.

Para o prefeito Telmo Kirst, a implantação do Samu remoto em Santa Cruz é mais um grande passo para melhorar o atendimento à população. “Muitas vezes, o paciente não pode esperar. Quem precisa de atendimento não tem tempo para burocracia. O que estamos fazendo aqui é criando uma alternativa para agilizar o serviço no município”, destacou.

O Samu registra uma média de 350 atendimentos por mês só em Santa Cruz do Sul, o que significa em torno de 12 pacientes  por dia. Também são realizados aproximadamente 25 transportes mensais, oriundos de Santa Cruz ou de cidades vizinhas que integram a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, para hospitais no Estado. A base local tem duas ambulâncias, uma motolância e duas ambulâncias reservas. A Secretaria Municipal de Saúde deve encaminhar o pedido de mais um veículo de Suporte Básico para o serviço. Para cobrir os custos mensais, o Samu local recebe R$ 58.625,00 da União, R$ 103.732,00 do Estado e R$ 128.383,00 da administração municipal.


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