Simers e OAB reforçam urgência da necessidade de reabertura do Hospital de Pronto-Socorro de Canoas
Dirigentes acompanharam o andamento do processo de recuperação da instituição que foi drasticamente atingida pela enchente de maio; estrutura e equipamentos ficaram por dias submersos
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O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estiveram nesta semana no Hospital de Pronto-Socorro de Canoas (HPSC) para acompanhar o andamento do processo de recuperação da instituição que foi drasticamente atingida pela enchente de maio. Os diretores do Simers, Gabriela Schuster e Daniel Wolff, acompanhados do vice-presidente da Comissão Especial do Direito à Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB RS), Lucas Funghetto Lazzaretti, circularam pelo prédio, que ainda não tem água e luz, conferiram a estrutura e a situação dos equipamentos que ficaram submersos.
Eles foram recebidos pelo diretor administrativo do HPSC, Marcelo Elisio de Oliveira; pelo diretor técnico, Álvaro Fernandes; e pelo diretor executivo do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (Iahcs), Sérgio Ruffini, que relataram sobre a dificuldade de quantificar os prejuízos que impactam a instituição, responsável por mais de 45 mil atendimentos de urgência e emergência de trauma por ano.
“Ficamos impressionados com o que vimos. Apesar da retirada da lama, os estragos são desoladores em um hospital que foi desenhado para ser eficiente no fluxo de atendimento de alta complexidade para casos de politraumatizados. Por isso, temos que mobilizar as entidades e cobrar os recursos das três esferas do poder público para que o HPSC volte a ser o lugar de referência para mais de 100 municípios”, destaca a diretora do Simers.
De acordo Wolff, a visita foi fundamental para compreender a realidade do hospital e garantir que o Sindicato possa alinhar as ações pela volta das atividades do HPSC. Hoje, os médicos e as equipes estão alocados no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), que não conta com a estrutura para o mesmo tipo de atendimento prestado pelo Pronto-Socorro de Canoas. “São mais de 140 médicos, entre efetivos e prestadores de serviço, que estão sem um local adequado para a complexidade do trabalho desenvolvido. É urgente que este importante hospital, que chega a fazer cerca de 4,5 mil cirurgias por ano, possa voltar à plena atividade. A saúde da Região Metropolitana, já tão precarizada, precisa desse suporte”, disse o dirigente do Simers.
“Os médicos dos dois hospitais estão se adaptando a uma nova realidade, que não tem sido fácil, devido às diferenças dos serviços prestados. Já levamos a pauta para ser discutida com a Prefeitura de Canoas e estamos vigilantes para que os médicos não sejam prejudicados. Muito menos a população, que já vem sofrendo tanto nos últimos meses”, pontuou Wolff.
Procurada, a Prefeitura de Canoas informou que o Hospital de Pronto Socorro (HPS) está passando por um intenso processo de limpeza. A estrutura foi gravemente atingida, com perda total de equipamentos e maquinários no primeiro andar. A estimativa da Prefeitura de Canoas é que sejam necessários cerca de R$ 70 milhões para viabilizar a recuperação do Hospital. A Administração Municipal está em contato permanente com o Ministério da Saúde e com o Governo do Estado para viabilizar o aporte de recursos para o hospital.