Com sete obras em andamento, somando cerca de R$ 9 milhões, e outras três em projeto, com mais R$ 3 milhões a R$ 4 milhões, a recuperação do talude do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, está em diferentes estágios e, ao longo dos meses, recebeu alterações de prazos devido às condições climáticas, indicou o diretor-presidente do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), responsável pela obra, Vicente Perrone.
Os trechos da ciclovia, acrescentou ele, estão bloqueados e sem previsão de liberação nos locais com obras em andamento. Foi concluído, por ora, no último dia 30 de setembro, apenas o trecho do cruzamento da avenida Ipiranga com a rua São Manoel, no bairro Santana, que havia desmoronado em abril de 2024 e teve as obras iniciadas em janeiro seguinte, enquanto em outros dois locais, os trabalhos devem terminar até 15 de janeiro.
O primeiro, previsto anteriormente para novembro deste ano, é próximo à rua São Luís e o Planetário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). De acordo com Perrone, este adiamento ocorreu porque as obras foram paralisadas por 40 dias em junho deste ano, quando choveu intensamente em Porto Alegre. "O Dilúvio permaneceu em um nível bastante alto. A gente não imaginou que fosse chover tanto. O prazo de novembro para janeiro é exatamente os 40 dias da paralisação", afirmou ele, acrescentando que, por isso, a obra não recebeu aditivos contratuais.
O segundo é em frente ao antigo Ginásio da Brigada Militar, na rua Silva Só, no sentido centro-bairro, e é, na realidade, uma antecipação, pois sua finalização estava prevista inicialmente para o primeiro trimestre de 2026. Ambas as obras foram unidas pelo Dmae. Mais quatro trechos próximos à PUCRS estão com trabalhos contratados, e deverão iniciar na segunda quinzena de janeiro, assim que forem concluídos os dois anteriores, disse Perrone. São dois na margem esquerda, perto da rua Cristiano Fischer, e dois em frente ao campus da instituição.
Obras nas margens do Arroio Dilúvio, na Av. Ipiranga
A previsão de término é de seis a oito meses, finalizando, portanto, no final do primeiro semestre ou início da segunda metade do próximo ano. Ainda existe uma nova licitação para outros três locais, que deve ser aberta na virada para 2026, e que já têm projeto pronto, além de previsão para início em meados do mesmo ano. Eles são na Vicente da Fontoura, perto da subestação da CEEE, na altura da Lucas de Oliveira e outro próximo à rua Santana, na região do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (Crea-RS).
O trânsito na área é outro ponto de atenção, salientado pelo diretor-presidente que a decisão de alongar a obra também foi uma estratégia geral. Se as obras tivessem sido feitas em mais pontos de uma vez, o impacto seria mais severo, classificou ele. "Preferimos uma obra um pouco mais alongada, mas com menos severidade no trânsito", disse. No caso das ciclovias, a Prefeitura mantém a orientação para utilização do passeio público, onde há sinalização para compartilhamento com pedestres, e, segundo o diretor-presidente do Dmae, elas não devem ser liberadas antes de 15 de janeiro.
"Não temos porque liberar a ciclovia em trechos de somente 50 ou 100 metros", disse Perrone. Um exemplo é o entorno do Planetário, que está em obras agora e terá um outro num segundo momento, não justificando a liberação atual para bloqueio novamente depois. "Até o final do ano, devemos ter uma resposta definitiva sobre como fica a ciclovia, e vamos tomar uma decisão conjunta com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC)", salientou ele.