Vereador é denunciado por suspeita de envolvimento em esquema de rachadinha em Gravataí

O Ministério Público ofereceu denúncia contra um vereador de Gravataí e outras quatro pessoas - entre elea, o filho do parlamentar e um assessor - pela suposta prática de crimes de concussão e associação criminosa, no esquema chamado de “rachadinha.” Juntamente com a denúncia, o MP representou ao Poder Judiciário pela suspensão do exercício da função pública do político investigado.

De acordo com o MP, o vereador exigiria de servidores de cargos em comissão, indicados por ele, parte do salário como condição para que se mantivessem no posto. Durante as investigações, o órgão apurou que o filho do parlamentar e o assessor seriam os responsáveis por recolher mensalmente a quantia em dinheiro exigida. 

Conforme o MP,  teria a comprovação de depósitos feitos por uma das vítimas na conta bancária de um dos investigados. Os valories seriam correspondentes à quantia que seria exigida como condição para permanecer no cargo.

Para os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ana Carolina de Quadros Azambuja e Roberto José Taborda Masiero, há relação entre as práticas criminosas apuradas e a função pública exercida. “Entendemos que a permanência dele no exercício da função que propiciou os delitos é de inegável risco, além de perniciosa do ponto de vista não só criminal, mas também moral”, descrevem os promotores.

Cópia do expediente foi encaminhado à presidência da Câmara de Gravataí. A identidade do vereador não foi revelada pelo MP. 

O presidente da Câmara de Gravataí, Nery Facin, negou ter recebido notificação oficial do Ministério Público e que, por isso, não poderia se manifestar.