Índice de Desempenho Industrial volta a cair no Rio Grande do Sul, aponta Fiergs
Emprego na indústria também apresentou queda de -0,1%
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“As incertezas da crise política sobre a economia, sobretudo com relação à questão fiscal e às reformas, postergam o começo da recuperação do setor, que sofre o impacto da demanda doméstica enfraquecida, esta por sua vez afetada pelo desemprego alto, renda em declínio, crédito restrito e elevada ociosidade”, explica o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Segundo o estudo, as compras industriais e a massa salarial real cresceram 2,2% e 1,7% respectivamente. Em compensação, o faturamento real (-1,4%), as horas trabalhadas na produção (-1,1%) e a utilização da capacidade instalada-UCI (-1,2 p.p.) recuaram. Apenas o emprego se manteve estável, com queda -0,1%.
Em relação ao mesmo mês de 2016, a atividade industrial gaúcha teve retração de 0,6%, depois de avanço de 2,1% em maio, quando registrou o primeiro crescimento em 39 meses.
Acumulado do primeiro semestre também apresentou queda
O acumulado do primeiro semestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano passado, baixou 1,4%, em quatro dos seis componentes. Compras indústrias teve retração de -3,4%, horas trabalhadas na produção – 2,8%, emprego com -1,7% e faturamento real, 0,4%. Apenas a massa salarial subiu, 1,9% em termos reais, e a UCI se manteve estável em 78,8% na média do período.
Nove dos 17 setores pesquisados encerraram o primeiro semestre de 2017 com redução da atividade comparativamente a igual período de 2016. Os principais destaques negativos ficaram com Veículos automotores (-5,5%), Alimentos (-3,4%) e Móveis (-3,4%). Já Tabaco (4,8%), Produtos de metal (3,6%) e Máquinas e equipamentos (2,6%) forneceram as maiores contribuições positivas para o resultado geral.
Para a Fiergs, o cenário de reação lenta e gradual do setor para o segundo semestre segue o mesmo, na esteira das reduções dos juros e da inflação, da safra agrícola e das exportações de manufaturados. Insuficientes, porém, para gerar crescimento no ano e evitar que a indústria do RS finalize 2017 com desempenho muito próximo de nulo.