Índice de desemprego na região Metropolitana de Porto Alegre estabiliza no primeiro mês de 2017

Índice de desemprego na região Metropolitana de Porto Alegre estabiliza no primeiro mês de 2017

Taxa ficou em 10,6% durante janeiro deste ano

Mauren Xavier

Índice de desemprego estabiliza no primeiro mês de 2017 ante dezembro de 2016

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A região Metropolitana de Porto Alegre somou 195 mil desempregados, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMPA), divulgado na manhã desta quarta-feira. Isso representa que uma leve redução do índice, que passou de 10,7%, em dezembro de 2016, para 10,6%, no primeiro mês deste ano. Porém, segundo a economista do DIEESE, Virgínia Donoso, o resultado foi atingido mais porque houve uma redução na população economicamente ativa (PEA), do que pela criação de vagas. Ao todo, cerca de 51 mil pessoas deixaram o mercado de trabalho.

A economista da FEE, Iracema Castelo Branco, avaliou que que isso pode ser resultado de um movimento diante às mudanças na previdência e as suas incertezas, no âmbito federal. “Houve um aumento dos inativos, especialmente de pessoas com mais de 60 anos”. Ela apontou que os dados não podem ser interpretados como uma reação do mercado de trabalho.

Além disso, acredita que o patamar da taxa de desemprego deve ficar em torno de 10%. Ela citou ainda a redução no número de trabalhadores no setor público, em 17 mil vagas, que também deve ser reflexo das incertezas ligadas à aposentadoria. Enquanto isso, a ocupação no setor privado em janeiro de 2017 teve aumento de 6 mil vagas.

Sobre o mercado de trabalho, Virgínia Donoso apontou a retração de vagas na área da construção, dos serviços e no setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, respectivamente de -7,8%; -4,7% e -2,2%. Por outro lado, o único segmento que apresentou resultado positivo foi a indústria de transformação, com a contratação de 15 mil trabalhadores, que representa 5,5% de aumento. Esse setor é puxado especialmente pelo desempenho do setor calçadista.

Ela destacou que de uma maneira geral houve queda na qualidade da ocupação, na análise dos útimos 12 meses. Um dos indicadores é a redução no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que caiu 3,2%, que significa 30 mil a menos. Já os autônomos aumentaram em 10,1%, ou mais de 20 mil empregados.

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