Abad defende a desburocratização para impulsionar a atividade empreendedora

Abad defende a desburocratização para impulsionar a atividade empreendedora

Convenção da Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores ocorre em Atibaia, interior de São Paulo

Cláudio Isaías

Presidente da Abad, Emerson Destro

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Com ênfase nas reformas necessárias para impulsionar o crescimento do Brasil, principalmente a da Previdência e a Tributária, a 39ª Convenção Anual do Canal Indireto/Abad 2019, começou hoje em Atibaia, São Paulo.

Na abertura do evento, o presidente da Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores (Abad), Emerson Destro, entregou um documento ao subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Fábio Luiz Pina, um documento elaborado pela associação com as propostas e sugestões do setor para iniciativas de desburocratização que visam impulsionar a atividade empreendedora do Brasil.

O presidente da Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo, deputado federal Efraim Filho (DEM), afirmou que tanto as reformas da Previdência quanto a Tributária são fundamentais para o futuro do Brasil e para quem deseja empreender no país. Segundo Destro, a Abad, em parceria com a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), tem colocado o peso dos setores de comércio e serviços em favor da aprovação das medidas que consideram relevantes para o país. “No passado, a mobilização foi a favor da reforma trabalhista. Neste ano, a alteração das regras para inclusão de consumidores no cadastro positivo também contou com nosso apoio”, afirmou. 


De acordo com Destro, tanto a Abad quanto a Unecs apoiam a nova previdência, que certamente contribuirá para a estabilidade econômica, a melhoria do ambiente de negócios e a redução dos gastos públicos, elevando a capacidade do país de atrair investimentos”, ressaltou. O presidente da Abad explicou que o  setor também irá atuar a favor de uma nova reforma tributária. O deputado federal Efraim Filho afirmou a sua confiança na aprovação do projeto da nova Previdência, mas frisou a importância da participação dos empresários no processo.

“É preciso que os senhores busquem os parlamentares de seus estados e mostrem que apoiam as reformas. Além disso, estamos numa guerra de desinformação, que diz que a nova Previdência prejudica os mais pobres. Precisamos que os senhores nos ajudem a disseminar a informação correta”, acrescentou.

O subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia,  Fábio Augusto Luiz Pina, elogiou a contribuição do setor e prometeu para breve um pacote de medidas nesse sentido que devem dar um novo ânimo ao setor produtivo.

“São medidas de simplificação focadas na indústria e do comércio, que conseguimos implementar sem ter de passar pelo Congresso e que farão toda diferença na vida do empresariado.” Pina disse ainda que a intenção do governo, nos próximos dez anos, é baixar a carga tributária para um percentual próximo de 20% do PIB, mas que “só e possível falar em reforma tributária se for equacionada a questão da Previdência, que foi acertadamente escolhida por esse governo como a primeira batalha a ser vencida. 

Palestra

A segmentação e a especialização como forma de sobrevivência do canal indireto, o avanço de novas tecnologias que vão mudar o papel do vendedor e um maior acesso a informações para aumentar a eficiência na operação do mercado de distribuição foram alguns dos temas discutidos ontem no painel "Avaliando o presente e projetando o futuro do Canal Indireto" na 39ª Convenção Abad 2019, em Atibabia, São Paulo.

O evento contou com as presenças de lideranças da indústria e do atacado distribuidor que analisaram o mercado de distribuição e trataram sobre as expectativas do setor em relação ao futuro. O diretor da Fundação Instituto de Administração (FIA), Nelson Barrizzelli, disse que as novas tecnologias vão resultar na capacitação do vendedor que passará a ter um papel consultivo de vendas e na estruturação de equipes de trade marketing para garantir os direcionamentos necessários por parte da indústria.

Já o vice-presidente da Procter & Gamble, André Felicíssimo, disse que se o vendedor estivesse em uma universidade estaria cursando a área de ciências humanas porque ele estabelece uma relação de confiança com quem compra os seus produtos e não descartou no futuro a criação de uma universidade de vendas ou até de mudar o nome de vendedor para consultor de vendas.

O presidente da J.Macêdo, Walter Faria, afirmou que quando analisa as estruturas dos atacados brasileiros, a sua grande maioria, não possui um departamento de recursos humanos preparado para capacitar e desenvolver talentos. “As empresas deveriam capacitar a sua área de RH e lançar o desafio de desenvolver e capturar talentos", acrescentou. 

 


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