Abertura do Congregarh 2024 aborda inovação, liderança e transformação
Evento prossegue até sexta-feira, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre
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O Congregarh 2024 - Congresso de Gestão de Pessoas, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS), prossegue até esta sexta-feira, no Centro de Eventos da PUCRS. Na solenidade de abertura, o presidente da ABRH Brasil, Paulo Sardinha, salientou a força e a coragem da unidade gaúcha em realizar o evento, apesar das dificuldades enfrentadas pela catástrofe climática que acometeu o Estado.
Sardinha aproveitou a oportunidade para anunciar que a entidade fundou um instituto com o objetivo de apoiar as seccionais para auxiliar instituições em relação ao trabalho, saúde e educação. “Iremos começar este trabalho em janeiro e a primeira associação será a ABRH-RS. Vamos dar apoio financeiro e de gestão em prol de algumas instituições que sofreram com as enchentes”, destaca.
O presidente da ABRH-RS, Pedro Fagherazzi, ressalta o desafio que foi para a realização desta edição do evento. “Todos fomos afetados de alguma forma pelas cheias, porém, com muito envolvimento e mobilização foi possível realizarmos o Congregarh ainda neste ano”. O dirigente ainda fez um agradecimento a todas as seccionais do Brasil que auxiliaram o Rio Grande do Sul com doações e ressaltou que a ABRH-RS ajudou financeiramente os seus funcionários afetados pelas chuvas e lembrou que 100% dos valores arrecadados com a ExpoCongregarh serão direcionados para instituições atingidas pelas enchentes.
Na sequência, a diretora técnica do Congregarh 2024, Liane Malabarba, afirmou que o tema desta edição - Dilemas Humanos, Escolhas que Transformam - foi escolhido justamente pela ABRH-RS priorizar as pessoas. “Diariamente temos que fazer escolhas que impactam a nossa vida. A cada escolha temos uma consequência”, resume.
A palestra de abertura desta edição foi realizada, de forma online, pela filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira, Djamila Ribeiro, reconhecida no ativismo negro no Brasil e premiada internacionalmente. O tema apresentado foi “Escolhas que Transformam. Qual seu Lugar no Mundo”. Djamila lembrou que “quem trabalha com RH está em um lugar estratégico muito importante, que pode transformar esses espaços a partir de uma ótica cada vez mais humana”.
A escritora constata que o Brasil tem uma diversidade imensa, mas em determinados espaços ela não está representada. “A questão é que a diversidade é tão somente o reconhecimento de uma pluralidade que existe no nosso país. Somos mutuamente diferentes e essa diferença precisa ser entendida nessa troca. Independente da nossa área de atuação, somos ensinados a reproduzir determinadas visões de mundo e essas visões não contemplam as diversidades”, enfatiza.
Já a fundadora da Conectas, Carol Manciola, salientou que o primeiro passo para ter uma liderança corajosa é dar voz ao incômodo. “Desconforto sem ação é reclamação. Já com ação, é evolução”, resume. Além disso, as ações precisam ter direção ao invés de velocidade, principalmente em relação à comunicação, pois caso contrário a especulação toma conta da empresa. Ela ressalta que o papel do RH é de conectar seis pontos importantes: incômodo, análise, decisão, comunicação, execução e resultado.
Já o professor da Decision/FGV, Ale Uehara, disse que não existe uma receita pronta para a inovação. “O que existe são boas práticas. Cada empresa tem a sua particularidade”, resumiu. Para ele, a inovação humanizada está nos pequenos detalhes. “No encosto da cadeira do avião, por exemplo, tem um suporte para que o cliente coloque o seu celular. Isso é algo simples e que facilita a vida das pessoas de uma forma humanizada”, exemplifica.