Abrace pede redução do preço do gás natural

Abrace pede redução do preço do gás natural

Conforme presidente, preço do produto no País é quatro vezes mais do que no exterior

Agência Brasil

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Para que o governo alcance o objetivo de tornar o Brasil mais competitivo é fundamental que a redução das tarifas de energia seja mais abrangente. A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) reivindica o preço menor também àqueles que usam gás natural.

Segundo a associação, o Brasil está no topo do ranking mundial, com os maiores preços praticados no mercado de gás natural. “Aqui, o gás custa cerca de quatro vezes mais do que no exterior. Isso impacta a produção industrial e acaba repassado ao consumidor, no preço do produto”, disse o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa.

A associação lançará em 2013 o projeto "Mais Gás Brasil" destinado a preparar estudos sobre produção e custos do gás no Brasil, de forma a incentivar políticas de estímulo ao crescimento econômico e ao aumento da produção industrial. A Abrace informa que, no Brasil, o gás natural é vendido a US$ 14 por milhão de unidades térmicas britânicas (MBTU), apesar do desconto oferecido pela Petrobras às indústrias. Sem a redução, o preço estaria 47% maior.

De acordo com um estudo da associação, mesmo com o desconto, nos últimos seis anos o preço do gás dobrou no Brasil, enquanto, no mesmo período, os preços de referência norte-americanos caíram quase 60%. “É o baixo preço do gás que está recuperando a economia dos Estados Unidos. Lá, os preços oferecidos são quatro vezes menores do que o nosso”, disse Pedrosa.

O preço alto prejudica diretamente a competitividade dos produtos brasileiros. “O Brasil tem reservas, mas esse gás acaba não sendo usado devido ao preço mais alto do que o importado”, acrescentou. Segundo estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a pedido da Abrace, se o Brasil reduzir o custo do MBTU pela metade, para US$ 7, haveria aumento do Produto Interno Bruto (PIB) anual de 0,5%. Em valores nominais, até 2025 a redução de preço poderia gerar R$ 700 bilhões.

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