Acordo entre empresas brasileira e americana cria gigante do etanol

Acordo entre empresas brasileira e americana cria gigante do etanol

Juntas, firmas terão 12% do mercado global

AE

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A brasileira Copersucar e a norte-americana Eco-Energy, uma das principais tradings de biocombustíveis dos Estados Unidos, anunciaram nesta segunda-feira a união de suas operações. O acordo resulta na criação da maior comercializadora de etanol do mundo, com participação equivalente a 12% do mercado global de etanol. Juntas, as empresas terão capacidade de oferta global do biocombustível de 10 bilhões de litros (2,6 bilhões de galões) anuais, sendo praticamente 50% de cada empresa."Passamos a ter contato direto com o produtor (nos Estados Unidos) e com o cliente final", afirma o diretor-presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza. 

O acordo prevê o "investimento conjunto na Eco-Energy para fortalecer e expandir plataforma integrada de biocombustíveis e assumir posição de liderança global", conforme comunicado distribuído pela Copersucar, que é a maior comercializadora de açúcar e etanol do Brasil. "Com este investimento, tornamos a Copersucar uma empresa global no mercado de biocombustível, ampliando sua escala de atuação nos dois principais mercados de etanol do mundo, que são os Estados Unidos e o Brasil, tanto nos volumes de produção quanto de consumo", destaca em nota o presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti.

O acordo representa a aquisição do grupo norte-americano. O valor da transação, porém, não foi revelado. A diretoria da Copersucar também não detalhou qual será a participação total na Eco-Energy após a conclusão da operação, que ainda está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias do governo dos Estados Unidos. O aval para a operação deve ocorrer em meados de dezembro, segundo a Copersucar.

A Eco-Energy tem faturamento anual de cerca de 3 bilhões de dólares e a meta da companhia é dobrá-lo em um prazo de três anos, considerando números na área de comercialização. A meta, no entanto, é considerada ambiciosa por Souza.

Para alcançar esse objetivo, a companhia prevê investir aproximadamente 25 milhões de dólares em logística no prazo de três anos e contará, para isso, com o fortalecimento da estrutura de capital da companhia. Além disso, a Copersucar prevê um maior acesso a terminais e um novo modelo logístico a partir de trens unitários. A companhia também pretende buscar alianças e prevê a assinatura de novos contratos com outras destilarias.

O modelo do acordo, cujos detalhes estão mantidos em sigilo, não inclui a aquisição direta pela Copersucar de ações dos atuais acionistas da Eco-Energy. O controle da companhia norte-americana virá a partir do aporte feito pela Copersucar na Eco-Energy e consequente diluição dos atuais acionistas do grupo norte-americano.

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