Ainda é muito cedo para esperar cortes de juros agressivos por BCs, aponta FMI

Ainda é muito cedo para esperar cortes de juros agressivos por BCs, aponta FMI

Autoridade monetária ressalta que luta contra inflação ainda não acabou

Estadão Conteúdo

BCs não devem reduzir taxas de juros de forma brusca

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A primeira vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, afirmou nesta terça-feira, 16, que é muito cedo para ter uma posição conclusiva sobre o nível de cortes de juros por bancos centrais neste ano, considerando que o combate a inflação ainda não terminou.

A autoridade destaca, por exemplo, os mercados de trabalho relativamente apertados nos EUA e na zona do euro. "Os mercados estão esperando que os bancos centrais reduzam as taxas de forma bastante agressiva - acho que é um pouco prematuro chegar a essa conclusão", disse ela, em um painel de discussão no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.

Na visão dela, é mais provável que os cortes nas taxas de juros ocorram no segundo semestre de 2024. Gopinath também aponta que os juros serão, na média, mais elevados do que no período de taxas baixas após a crise financeira de 2008.

A autoridade, inclusive, critica este período pós-crise como "provavelmente um pouco liberal demais" e argumenta que o relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) também deveria ser tratado de forma mais cética desta vez, afirmando que os dirigentes de BCs precisam ser mais cautelosos sobre os riscos da política de compra de títulos em massa.

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"É um instrumento a ser usado se você estiver em uma recessão profunda ou se houver disfunção do mercado, portanto, deve ser usado com menor frequência do que antes", defendeu Gopinath.

Uma mudança de parâmetro para um ambiente de juros elevados e política mais restritiva no futuro deve impactar os custos de financiamento ao redor do mundo, alerta Gopinath, em comparação à década anterior de liquidez abundante.


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