Após quatro meses em alta, produção industrial cai 0,4% em junho, mostra IBGE

Após quatro meses em alta, produção industrial cai 0,4% em junho, mostra IBGE

Setor segue 1,5% abaixo do nível pré-pandemia

R7 e Correio do Povo

publicidade

Após registrar alta por quatro meses consecutivos, a produção industrial no Brasil registrou queda de 0,4% em junho, na comparação com o mês anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os meses anteriores de expansão acumularam alta de 1,8%.

A indústria segue abaixo do patamar pré-pandemia (1,5%) e também está 18% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Em relação ao mesmo mês de 2021, o setor recuou 0,5%. No primeiro semestre do ano, a indústria acumula queda de 2,2%. Já nos últimos 12 meses, a retração foi de 2,8%.

Atividades

Em junho, três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 26 ramos pesquisados mostraram redução na produção. A queda mais acentuada foi dos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,1%) e dos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%). As duas categorias interromperam os avanços alcançados em abril e maio de 2022, quando acumularam crescimento de 5,3% e 5,0%, respectivamente.

Registraram um recuo ainda, o setor de máquinas e equipamentos (-2,0%), de metalurgia (-1,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,8%) e de outros equipamentos de transporte (-5,5%).

Por outro lado, entre as nove atividades em alta, veículos automotores, reboques e carrocerias tiveram aumento de 6,1%, intensificando o crescimento verificado no mês anterior (3,8%). Já indústrias extrativas subiram 1,9%, recuperando parte da queda de 5,7% observada em maio. Os dois setores exerceram os principais impactos positivos em junho.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a maio de 2022, os bens de capital (-1,5%) registraram a taxa mensal negativa mais acentuada, após subirem 7,5% em maio e caírem 8% em abril. Os setores produtores de bens intermediários (-0,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,7%) também recuaram. 

O segmento de bens de consumo duráveis teve a única taxa positiva em junho, 6,4%, e seguiu o crescimento do mês anterior (4,1%).

Primeiro semestre acumula quedas

Todas as grandes categorias econômicas acumulam quedas no ano. O índice no primeiro semestre do 2022, frente a igual período do ano anterior, caiu 2,2%, com resultados negativos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 55 dos 79 grupos e 62,6% dos 805 produtos pesquisados.

As principais influências negativas no total da indústria vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,4%), produtos de metal (-12,1%), produtos de borracha e de material plástico (-10,0%), indústrias extrativas (-3,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,6%).

A contribuição para a queda veio também de ramos de metalurgia (-5,4%), produtos têxteis (-15,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,1%), móveis (-19,8%), produtos de minerais não metálicos (-5,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,3%), produtos diversos (-7,0%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-5,0%) e de máquinas e equipamentos (-1,3%).

Já entre as atividades em alta, no acumulado do ano, entre as oito atividades em alta, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis teve o maior impacto (10,3%), impulsionada pela maior produção dos combustíveis. Outros impactos positivos importantes vieram de bebidas (2,9%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5,9%).

Houve no período menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-11,7%), pressionada, em grande parte, pelas reduções verificadas na fabricação de eletrodomésticos da “linha branca” (-21,7%) e da “linha marrom” (-12,6%) e de automóveis (-7,0%). 


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895