Apenas gastos com saúde estarão fora do teto, diz Guedes sobre Orçamento

Apenas gastos com saúde estarão fora do teto, diz Guedes sobre Orçamento

Ministro afirmou que governo terá mais foco e "moderação" nos gastos deste ano

AE

Ministro afirmou que governo terá mais foco e "moderação" nos gastos deste ano

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Após o desfecho para confusão em torno do Orçamento deste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou nesta terça-feira, 20, que os gastos recorrentes continuam sob o teto de gastos e garantem o compromisso do governo com a Saúde e com a responsabilidade fiscal.

"Os gastos de natureza não-recorrente exprimem o compromisso com a saúde. Somente gastos com saúde estarão fora do teto, como aconteceu no ano passado. Teremos em 2021 o mesmo protocolo de 2020", afirmou, enquanto citava o barulho de manifestações do lado de fora do prédio do ministério. "Nesse ano teremos um foco maior e com mais moderação nesses gastos que, embora sejam extrateto, obedecem o protocolo da responsabilidade fiscal. Somente gastos com saúde e para preservar empregos estão no extrateto", completou.

Após semanas de imbróglio em torno do Orçamento deste ano, o governo e o Congresso Nacional selaram ontem um acordo que pode elevar a mais de R$ 125 bilhões os gastos de combate à pandemia de Covid-19 fora da meta fiscal - de déficit de R$ 247,1 bilhões - e do teto de gastos. Essa flexibilização não prevê limites de valor, o que técnicos da área econômica viram como risco de um "cheque em branco" - justamente o que Guedes queria evitar. O acordo, no entanto, permitiu à equipe econômica relançar programas de crédito a micro e pequenas empresas (Pronampe) e de redução de jornada e salário ou suspensão de contratos de trabalhadores (Bem).

No mesmo acerto de ontem, o governo ainda cedeu à pressão dos parlamentares e deve preservar R$ 16,5 bilhões em emendas a partir de cortes em suas próprias despesas de custeio e investimento.

Guedes voltou a dizer hoje que havia muito "barulho" na discussão sobre as negociações entre o governo e o Congresso Nacional. "Tem muito barulho rodando por aí, mas o sinal verdadeiro é que o governo após dois anos conseguiu base de sustentação parlamentar", repetiu. "Quem apostou no diálogo entre Executivo e Congresso está captando o sinal.

Foi o primeiro exercício de elaboração conjunta do orçamento, por isso alguns desacertos", completou. O ministro voltou a admitir que esses desacertos acabaram dificultando um pouco o "encaixe" entre a equipe econômica e o Congresso, mas, segundo ele, o acordo sobre o orçamento revela que foi mantido compromisso do governo com saúde e responsabilidade fiscal.


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