Apesar da queda nas exportações, balança comercial tem superávit de US$ 4,99 bilhões em março

Apesar da queda nas exportações, balança comercial tem superávit de US$ 4,99 bilhões em março

Maior parte da queda é efeito da crise na Argentina

Agência Brasil

Saldo representa recuo de 22,27% em relação ao superávit de US$ 6,42 bilhões registrado em março do ano passado

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A queda nas exportações fez a balança comercial fechar março com o menor saldo positivo em três anos. No mês passado, o Brasil exportou US$ 4,99 bilhões a mais do que importou. O saldo representa recuo de 22,27% em relação ao superávit de US$ 6,42 bilhões registrado em março do ano passado e é o menor para o mês desde 2016.

No mês passado, o país exportou US$ 18,12 bilhões, queda de 1% em relação a março do ano passado pelo critério da média diária. As importações somaram US$ 13,130 bilhões, com ala de 5,1% também pela média diária. Com o resultado de março, a balança comercial acumula superávit (exportações menos importações) de US$ 10,889 bilhões nos três primeiros meses do ano, com recuo de 11,1% na comparação com o mesmo período de 2018, quando o superávit tinha atingido US$ 12,243 bilhões.

Nos três primeiros meses do ano, as exportações somaram US$ 53,026 bilhões, retração de 3% em relação ao mesmo período de 2018 pelo critério de média diária. As importações totalizaram US$ 42,138 bilhões, recuo de 0,7% na mesma comparação. Em março, as exportações de produtos básicos aumentaram 7,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, com destaque para algodão bruto (+123,6%), milho em grãos (+86,7%), fumo em folhas (+38,9%) e farelo de soja (+30,2%).

A venda de produtos semimanufaturados caiu 0,5%, puxada por açúcar bruto (-34,6%), celulose (-12%) e couros e peles (-10,8%). A principal queda nas exportações ocorreu com os produtos manufaturados, cujas vendas caíram 6,5% em relação a março do ano passado. As maiores retrações ocorreram na venda de veículos de carga (-68,2%), óleos combustíveis (-49,6%), automóveis de passageiros (-41,4%) e autopeças (-13,4%).

A maior parte dessa queda é efeito da crise na Argentina, principal comprador de produtos industrializados do Brasil e terceiro maior parceiro comercial do país. Somente em março, as exportações para o país vizinho caíram 48,4%. Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2018 em US$ 58,959 bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado estima um superávit menor em 2019 motivado principalmente pela recuperação da economia, que reativa o consumo e as importações.

Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 50,25 bilhões para este ano. O Ministério da Economia ainda não fez projeções oficiais para o saldo da balança comercial em 2019.


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