Até 2026, 85% de produtos da Shein vendidos no Brasil serão de produção local

Até 2026, 85% de produtos da Shein vendidos no Brasil serão de produção local

Gigante chinesa do varejo de moda assumiu compromisso com o mercado local brasileiro durante o South Summit Brazil, em Porto Alegre

Correio do Povo

Gigante chinesa aposta na expansão do mercado local em sua plataforma digital

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Dominante no tráfego de e-commerce na categoria de varejo de moda no Brasil, a Shein vai passar dos atuais 55% para até 85% dos produtos vendidos pela plataforma com origem nacional, de têxteis fabricados no país. O compromisso foi reforçado pelo general manager da Shein no Brasil, Felipe Feistler, em um painel no primeiro dia do South Summit Brazil.

Até 2022, 100% dos vendedores estavam fora do país, especialmente na China. O governo federal tem buscado formas de frear a venda direta de produtos internacionais, pressão que o varejo nacional tem ampliado sob o governo nos últimos anos.

"Reforçamos nosso compromisso com o país ao trazer uma moda mais brasileira. E vamos começar a trazer uma moda cada vez mais regional. Cresceremos não só nossa presença, mas sobretudo nossa produção de moda nacional ao apostar cada vez mais na regionalização, para que as pessoas consigam se expressar de acordo com os seus costumes e valores", reforçou Feistler.

No ano passado, a empresa anunciou que o início da produção em solo brasileiro começaria em Macaíba, no Rio Grande do Norte. Em maio, o governador Eduardo Leite chegou a se reunir, em Porto Alegre, com representantes da Shein para um possível investimento no Rio Grande do Sul.

Inteligência artificial

Outra aposta global da marca, com impacto no país, está na adoção massiva de recursos de inteligência artificial na experiência de compra e venda de produtos da moda. Segundo o brasileiro, a Shein é reconhecida pela revolução que fez na moda globalmente.

Os grandes varejistas, até então, estavam acostumados a produzir em escala, com 2 a 5 mil peças. Com a experiência digital e uso de tecnologias, explica Feistler, a empresa passou a testar a demanda de forma online e conciliar a oferta com a real demanda de cada produto.

"Nesta indústria é comum varejistas terem perdas de 20 até 50% do estoque, pela falta de previsibilidade do consumo. Na Shein, as taxas já são de menos de 10% e a inteligência artificial é a aposta para reduzir ainda mais o desperdício, e trazer melhores margens para vendedores”, explica. "A inteligência artificial pode ajudar a não ter mais esta tentativa e erro ao conseguir com tecnologia antecipar a demanda”.

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