Bancários protestam e bloqueiam acesso a autoatendimento na Capital

Bancários protestam e bloqueiam acesso a autoatendimento na Capital

Febraban orienta clientes a buscar alterativas para pagas as contas

Cláudio Isaías / Correio do Povo

Bancários protestam e bloqueiam acesso a auto-atendimento na Capital

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Os bancários realizaram uma série de manifestações, nesta terça-feira, em frente  na frente a agências bancárias de Porto Alegre e da região Metropolitana no primeiro dia de greve. Nas agências do Centro, como Banco do Brasil, HSBC, Bradesco, Santander, Caixa e Banrisul, pouca gente procurou os serviços bancários. Na zona Norte da Capital e na avenida Protásio Alves, a adesão ao movimento foi parcial. Na zona Sul, agências estavam abertas.

A chuva desta manhã também contribuiu para afastar os clientes das agências. Quem se arriscou, teve que utilizar o serviço de autoatendimento dos bancos e as lotéricas. A manifestação mais forte foi realizada na agência do Banrisul na avenida Farrapos, onde funcionários e representantes do sindicato realizaram o bloqueio do acesso dos clientes ao serviço de autoatendimento.

O diretor do SindBancários, Vitor Luiz da Silva Moreira, ressaltou que as principais reivindicações da categoria são o reajuste salarial de 10,25%, piso salarial de R$ 2.416,38 (piso do Dieese), plano de carreira para todos os bancários, e o fim das metas abusivas e do assédio moral. “A categoria reivindica investimento em segurança nas agências e o fim do transporte de valores que é feito por alguns funcionários na Capital”, comentou. No início da tarde, os bancários em greve liberaram o acesso dos clientes a agência do Banrisul na avenida Farrapos.

Os bancários também reivindicam um Participação nos lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos e elevação para R$ 622,00 dos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação e do auxílio-creche/babá. “Queremos mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade”, destacou Moreira.

O SindBancários decidiu colocar uma central da greve à disposição dos funcionários, responsável por atender e receber as demandas da paralisação. A central estará funcionando na Praça da Alfândega, entre o Banrisul e a Caixa Econômica Federal. No caso de chuva, a central funciona na Casa dos Bancários, na rua General Câmara.

Febraban orienta clientes

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul recomendam aos clientes o uso dos 182 mil caixas eletrônicos espalhados pelo País. Os endereços estão disponíveis no site da federação. Os caixas que estão dentro das agências bancárias funcionam até às 22h e em locais de grande circulação, como em lojas de conveniência, funcionam 24 horas.

Os saques noturnos são limitados a R$ 300,00 e o valor para saque durante o dia varia dependendo da instituição financeira. Nos terminais é possível também realizar depósitos e transferências; sacar benefícios sociais (como Inss, Pis/abono salarial e Fgts), bloqueio de cartão, contratar empréstimo pessoal, resgatar investimentos e cadastrar contas no débito automático.

Quem tem dívidas a pagar e não possui cartão para uso em caixa eletrônico pode encontrar ajuda em lotéricas, lojas e supermercados, já que são correspondentes bancários e aceitam a quitação de diversas contas. Esses postos permitem até pequenos saques. Outro canal disponível é o internet banking, que permite consultas, pagamentos, transferências, solicitação e desbloqueio de talão de cheques, pedido, consulta e cancelamento de débito automático e empréstimos. Por telefone, é possível consultar saldos, verificar extratos, contas de investimentos e compra e venda de ações.

Conforme a Associação dos Bancos do RS, no caso das contas de tarifas públicas, como água, telefone, e energia, a orientação é procurar as empresas que fornecem esses serviços e negociar uma saída. Além dos correspondentes, há o débito direto autorizado (que depois é liberado na conta corrente pelo caixa eletrônico) e o débito automático. As empresas que enviam as cobranças por correspondência postal são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor, seja em um boleto pela internet, por fax ou por depósito bancário, entre outras.

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