Banco Central aumenta projeções de inflação para 2022, 2023 e 2024

Banco Central aumenta projeções de inflação para 2022, 2023 e 2024

Estimativa revela que não há possibilidade de o IPCA fechar dentro do intervalo da meta neste ano. Para 2023, chance é de apenas 43%

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O Banco Central (BC) revisou nesta quinta-feira (15) suas projeções para a inflação e elevou as estimativas de alta dos preços para 2022 (de 5,8% para 6%), 2023 (de 4,6% para 5%) e 2024 (de 2,8% para 3%).

De acordo com as projeções do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), a probabilidade de a inflação furar o teto da meta neste ano é de 100%. Já para o ano que vem, a chance aparece em 57%.

A meta de inflação estabelecida pela Comissão de Valores Monetários (CVM) para 2022 é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%). Já para 2023, o foco figura em 3,25%, com margem também de 1,5 (de 1,75% a 4,75%).

Com a confirmação do cenário, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai fechar 2022 acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo. O furo vai resultar em uma nova carta encaminhada ao Ministério da Economia para justificar o estouro da meta.

"A inflação acumulada em quatro trimestres, depois de atingir pico de 11,9% no segundo trimestre de 2022, cai de forma significativa nos trimestres seguintes, chegando em 6% no final do ano, acima do limite superior do intervalo de tolerância (5%) da meta", destaca o documento.

Entre os principais fatores que levaram à revisão das projeções de inflação, o BC destaca que "dois fatores tiveram contribuição primordial para a surpresa altista" para o IPCA no trimestre finalizado em novembro.

"Primeiro, não se concretizou parte da redução esperada nas tarifas de energia elétrica residencial, decorrente da retirada de itens da base de cálculo do seu ICMS. Esse fator contribuiu com mais de dois terços da surpresa. Segundo, houve alta substancial nos preços de alimentos in natura, associada a chuvas mais fortes e mais cedo do que o esperado", avalia o RTI.

O documento cita ainda que os bens industriais tiveram variação ligeiramente acima do projetado, com surpresas altistas em vestuário, higiene pessoal e etanol, compensadas parcialmente pelas surpresas baixistas disseminadas nos demais componentes. 

"Por outro lado, a inflação de serviços se mostrou significativamente menor que o esperado, com destaque para a dinâmica mais favorável de seu componente subjacente. Portanto, a composição da surpresa sugere um quadro menos desfavorável do que o indicado por sua magnitude", afirma o BC.


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