Banco Central prevê inflação em 3,7% para 2019
Valor está abaixo de meta de 4,25% definida pelo órgão para o próximo ano
publicidade
"Os membros do comitê avaliaram que, desde sua última reunião, o risco de o nível de ociosidade elevado produzir trajetória prospectiva de inflação abaixo do esperado aumentou e o risco relacionado a uma frustração das expectativas de continuidade das reformas (como a da Previdência) e ajustes necessários na economia brasileira diminuiu", diz a ata.
No documento, o Copom afirma que debateu mais uma vez sobre a "conveniência" de sinalização sobre o futuro da Selic. Entretanto, todos os seus membros, formado por diretores e presidente do BC, "concordaram que a atual conjuntura recomenda manutenção de maior flexibilidade para condução da política monetária, o que implica abster-se de fornecer indicações sobre seus próximos passos".
O Copom reforçou, no entanto, que uma definição da Selic continua dependendo da evolução da atividade econômica, dos riscos e das projeções e expectativas de inflação. Para as instituições financeiras, a Selic deve subir em 2019, encerrando o período em 7,5% ao ano.
Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para que isso ocorra, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.