Batata é vilã da cesta básica de Porto Alegre, aponta Dieese

Batata é vilã da cesta básica de Porto Alegre, aponta Dieese

Kit de alimentos essenciais registrou alta de 1,43%

Cláudio Isaías

Batata foi a ´vilã´ dos aumentos em abril

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A cesta básica de Porto Alegre registrou em abril uma alta de 1,43% passando de R$ 420,90 em março para R$ 426,93. Na avaliação do mês, dos 13 produtos que fazem parte da lista de alimentos, dez subiram de preço: a batata (12,50%) é a grande “vilã” da cesta seguida pela banana (5,30%), o leite (5,24%), a manteiga (3,34%), o café (1,79%), o arroz (1,56%), o feijão (1,02%), o tomate (0,73%), o açúcar (0,71%) e o óleo de soja (0,45%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela economista Daniela Sandi, do Dieese.

Em sentido inverso, três alimentos ficaram mais baratos: a farinha (-1,42%), a carne (-1,07%) e o pão (-0,48%). Em abril, houve predominância de alta nos produtos da cesta nas capitais do Brasil, com destaque para batata, pesquisada na região Centro-Sul, leite, manteiga; farinha de mandioca, coletada no Norte e Nordeste, feijão e açúcar. O tomate mostrou diminuição de valor na maior parte das cidades.

No ano, a cesta básica ficou 0,60% mais cara. Doze produtos tiveram alta, sendo as maiores variações verificadas no leite (28,93%), no feijão (19,69%), no óleo de soja (19,68%), no açúcar (17,84%) e na manteiga (15,54%). O tomate foi o único item que apresentou redução (-37,71%).
O valor da cesta de alimentos em abril representou 52,73% do salário mínimo líquido, contra 51,99% em março de 2016.

O trabalhador que recebe um salário mínimo necessitou, em abril, cumprir uma jornada de 106 horas e 44minutos para adquirir os alimentos. A jornada foi maior do que a registrada em março (105h14min). A variação da cesta básica no período do Plano Real ficou em 540,56%, enquanto a inflação medida pelo INPC/IBGE acumulou 458,94% e o salário mínimo registrou alta de 1.258,23%.

Em abril, em 15 das 27 capitais do Brasil ocorreu redução. As quedas mais expressivas aconteceram em Brasília (-3,84%), Palmas (-2,97%) e as maiores altas foram em João Pessoa (3,96%), Recife (3,27%) e Natal (2,61%). São Paulo foi a capital com maior custo da cesta (R$ 442,42), seguida de Florianópolis (R$ 438,56), Rio de Janeiro (R$ 433,96), Brasília (R$ 427,68) e Porto Alegre (426,93). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 334,49) e Rio Branco (R$ 343,86).

Com base no total apurado para a cesta de alimentos mais cara, a de São Paulo, o salário mínimo em abril de 2016 deveria ser de R$ 3.716,77, ou 4,22 vezes mais do que o mínimo de R$ 880,00.

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