Bolsas da Ásia e da Europa se recuperam parcialmente, mas tensões comerciais persistem

Bolsas da Ásia e da Europa se recuperam parcialmente, mas tensões comerciais persistem

Índice japonês Nikkei subiu 6,03% em Tóquio

Estadão Conteúdo
Bolsas da Ásia e da Europa se recuperam parcialmente

Bolsas da Ásia e da Europa se recuperam parcialmente

publicidade

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, recuperando-se parcialmente dos tombos que sofreram no pregão anterior em meio a preocupações com os efeitos do tarifaço do governo Trump, embora as tensões comerciais persistam.

Liderando ganhos na Ásia, o índice japonês Nikkei subiu 6,03% em Tóquio, a 33.012,58 pontos, no seu melhor desempenho diário desde 6 de agosto do ano passado, enquanto o Hang Seng avançou 1 51% em Hong Kong, a 20.127,69 pontos, revertendo apenas uma fração da drástica queda de cerca de 13% que sofreu ontem, e o sul-coreano Kospi teve modesta alta de 0,26% em Seul, a 2.334,23 pontos, mas interrompeu uma sequência de quatro sessões negativas.

Na China continental, os mercados também se recuperaram após uma série de estatais, incluindo as gigantes petrolíferas, PetroChina and Sinopec, revelarem planos de acelerar recompras de ações com o objetivo de restaurar a confiança dos investidores. O Xangai Composto teve alta de 1,58%, a 3.145,55 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto mostrou avanço de 0,81%, a 1.791,83 pontos. Ambos os índices chineses, porém, apagaram somente uma pequena parte das perdas de ontem.

Na contramão, o Taiex sofreu uma nova queda significativa em Taiwan hoje, de 4,02%, a 18.459,95 pontos, pressionado pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Corp. (TSMC), maior fabricante de chips do mundo, cuja ação caiu 3,77%.

Ainda que a recuperação técnica tenha prevalecido na maior parte da região asiática, a guerra comercial continua a todo vapor, principalmente entre EUA e China.

O presidente americano, Donald Trump, deu prazo até 13h de hoje para a China remover a tarifa de 34% anunciada em retaliação aos 34% que Washington decidiu cobrar da importação de todos os produtos chineses. Se Pequim não recuar, Trump promete aplicar uma tarifa adicional de 50%, cumulativa, elevando a tarifação para 104%, considerando os 20% do início de março. A China, por sua vez, disse que tomará novas "contramedidas resolutas" se o republicano seguir adiante com a ameaça.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul hoje, após três pregões seguidos de perdas. O S&P/ASX 200 avançou 2,27% em Sydney, a 7.510,00 pontos, mas também ficou longe de reverter a perda da sessão anterior, de mais de 4%.

Veja Também

Em busca de recuperação na Europa

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta terça-feira, depois de acumularem robustas perdas nos quatro pregões anteriores em meio a temores de que o tarifaço do governo Trump leve a economia global a uma recessão, mas as tensões comerciais persistem.

Por volta das 6h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 1,48%, a 481,02 pontos. Ontem, o Stoxx 600 amargou um tombo de cerca de 4,5%, atingindo o menor patamar desde janeiro de 2024.

Embora o dia seja de recuperação, a guerra comercial segue a todo vapor, principalmente entre EUA e China.

A União Europeia, por enquanto, ainda não anunciou retaliação à tarifa "recíproca" de 20% que os EUA estipularam para o bloco. Reunidos em Luxemburgo ontem, ministros de comércio da UE defenderam uma solução negociada com a Casa Branca.

Às 6h46 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,79%, a de Paris avançava 1,18% e a de Frankfurt tinha ganho de 1,36%. Já as de Milão, Madri e Lisboa exibiam altas de 0,80%, 0,87% e 1 62%, respectivamente.


Empreendedorismo como expressão da criatividade

Culinarista ensina técnicas da cozinha vegana e vegetariana em escola de culinária

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895