Brasil avança em liberdade econômica, mas segue atrás de Honduras

Brasil avança em liberdade econômica, mas segue atrás de Honduras

Economia brasileira subiu 14 posições em relação ao ano passado

Karina Reif / Correio do Povo

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O Brasil subiu 14 posições e passa a ocupar o 99º lugar no índice de Liberdade Econômica 2012, que classificou 184 países em dez categorias de performance econômica, tomando como referência dados de 2011. Os critérios foram focados na eficiência regulatória e na criação de um ambiente empresarial em favor do mercado. O país, que em 2011, era o 113º entre as demais nações, subiu 1,6 pontos, contabilizando 57,9 pontos, o que o aproxima da média mundial (59,5). “O Brasil avançou na independência do Judiciário. Os outros itens permaneceram estáveis”, destacou o presidente do Instituto Liberdade, Henri Siegert Chazan, que divulgou os dados nesta terça-feira, durante o segundo dia de debates do 25º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, que teve como tema “2037: que Brasil será o seu?”.

Hong Kong é o primeiro no ranking, seguido de Cingapura, Austrália e Nova Zelândia. Apesar de ter subido de posto, o Brasil segue atrás de economias como a de Honduras (93º). “Esse índice não é social”, disse a pesquisadora do Instituto Liberdade, Margaret Tse. Para que o país melhore nos itens analisados, Chazan avalia que uma das medidas deva ser a diminuição da carga tributária. Além disso, a corrupção é um entrave. “Estamos amortizados em relação à corrupção. O dinheiro acaba saindo pelo ralo”, disse.

O índice também mostra que a liberdade econômica global declinou em relação ao excesso de regulamentação pública. Isso significa que de 2011 para 2012 a tensão entre o controle governamental e o livre mercado cresceu ao redor do mundo, em especial, nos países desenvolvidos. A média global do escore em liberdade econômica no índice deste ano é de 59,5, uma diminuição de 0,2 ponto em relação ao ano passado. Os dados foram publicados originalmente pela Heritage Fondation e o Wall Street Journal e depois traduzidos pelo Instituto Liberdade.

Na ocasião, também foi divulgado o Índice Internacional de Direitos de Propriedade (IIDP) 2012, que traz o Brasil na 62ª posição entre os 130 países pesquisados, com escore de 5,4 de 10. Comparado com os países da América Latina, o Brasil fica em 6º lugar. A primeira colocação, por região, é do Chile. Já na lista geral, Finlândia fica no topo, com escore de 8,6. “Os países que respeitam a propriedade ficaram melhor posicionados no ranking”, explicou o presidente do Instituto Liberdade. “No Brasil, parte da sociedade não tem direito à propriedade, mas nos países árabes, por exemplo, a situação é ainda mais difícil”, afirmou, lembrando os conflitos da Primavera Árabe.

Sobre esse item, Chazan comentou que a notícia de nacionaliza de petroleira espanhola pela Argentina fere os direitos de propriedade. “Certamente a Argentina perderá pontos na avaliação do próximo ano”, disse.

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