Brasil avança em liberdade econômica, mas segue atrás de Honduras
Economia brasileira subiu 14 posições em relação ao ano passado
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Hong Kong é o primeiro no ranking, seguido de Cingapura, Austrália e Nova Zelândia. Apesar de ter subido de posto, o Brasil segue atrás de economias como a de Honduras (93º). “Esse índice não é social”, disse a pesquisadora do Instituto Liberdade, Margaret Tse. Para que o país melhore nos itens analisados, Chazan avalia que uma das medidas deva ser a diminuição da carga tributária. Além disso, a corrupção é um entrave. “Estamos amortizados em relação à corrupção. O dinheiro acaba saindo pelo ralo”, disse.
O índice também mostra que a liberdade econômica global declinou em relação ao excesso de regulamentação pública. Isso significa que de 2011 para 2012 a tensão entre o controle governamental e o livre mercado cresceu ao redor do mundo, em especial, nos países desenvolvidos. A média global do escore em liberdade econômica no índice deste ano é de 59,5, uma diminuição de 0,2 ponto em relação ao ano passado. Os dados foram publicados originalmente pela Heritage Fondation e o Wall Street Journal e depois traduzidos pelo Instituto Liberdade.
Na ocasião, também foi divulgado o Índice Internacional de Direitos de Propriedade (IIDP) 2012, que traz o Brasil na 62ª posição entre os 130 países pesquisados, com escore de 5,4 de 10. Comparado com os países da América Latina, o Brasil fica em 6º lugar. A primeira colocação, por região, é do Chile. Já na lista geral, Finlândia fica no topo, com escore de 8,6. “Os países que respeitam a propriedade ficaram melhor posicionados no ranking”, explicou o presidente do Instituto Liberdade. “No Brasil, parte da sociedade não tem direito à propriedade, mas nos países árabes, por exemplo, a situação é ainda mais difícil”, afirmou, lembrando os conflitos da Primavera Árabe.
Sobre esse item, Chazan comentou que a notícia de nacionaliza de petroleira espanhola pela Argentina fere os direitos de propriedade. “Certamente a Argentina perderá pontos na avaliação do próximo ano”, disse.