Brasil negocia renúncia de presidente do banco dos Brics; Dilma é cotada para cargo

Brasil negocia renúncia de presidente do banco dos Brics; Dilma é cotada para cargo

Atualmente, a instituição é comandada por Marcos Troyjo, indicado na gestão de Jair Bolsonaro; órgão tem sede em Xangai (China)

R7

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem articulado para que o presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Marcos Troyjo, renuncie ao cargo, cujo mandato vai até 2025. Um dos nomes cogitados pelo governo para chefiar a instituição é o da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Troyjo foi nomeado presidente do NBD em 2020 durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, ele atuava como secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, chefiado pelo então ministro Paulo Guedes.

O NBD tem sede em Xangai, na China, e foi criado em 2014 durante a 6ª Cúpula dos BRICS – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – com o objetivo de mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nesses países.

Para Dilma Rousseff assumir a presidência do banco dos Brics, o nome precisa ser validado pelo Conselho de Governadores. Não há, ainda, data para análise. Procurada pela reportagem, a petista disse que não vai comentar o caso. O Ministério da Economia informou, também, que não vai se pronunciar.

A instituição é um dos primeiros resultados concretos do bloco e tem o objetivo de se tornar importante fonte de financiamento para emergentes. Desde a fundação, cerca de 80 projetos já foram aprovados, totalizando um portfólio de US$ 30 bilhões.

Em 2019, por exemplo, o Brasil recebeu US$ 621 milhões do NBD. Nos três primeiros anos de operação da instituição foram aprovados quatro projetos brasileiros que abrangem as áreas de energia renovável (eólica, solar e hidrelétrica), construção de estradas, reconstrução de rodovia férrea, esgotamento sanitário, telecomunicações e refinarias da Petrobras.

Já em 2021, o NDB desembolsou ainda R$ 5,42 bilhões ao governo brasileiro para apoiar o combate à Covid-19 e seus impactos socioeconômicos no país. O financiamento já tinha sinalizado no ano passado, mas ainda faltavam os ritos processuais para a liberação dos recursos.

O empréstimo está aberto a qualquer país que seja membro das Nações Unidas. O banco é administrado por um Conselho de Administração e por um Conselho de Governadores, ambos compostos por cinco assentos, cada um ocupado por um país fundador. Juntos, os países do BRICS têm uma participação de 33% no produto global, 42% da população mundial e 43% de contribuição no crescimento do produto global, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2018.


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