Cade aprova venda de ativos da JBS para Grupo Minerva

Cade aprova venda de ativos da JBS para Grupo Minerva

Operações foram vendidas por 300 milhões de dólares

AE

Cade aprova venda de ativos da JBS para Grupo Minerva

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A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições o acordo da JBS para a venda de suas operações de carne bovina no Paraguai, Uruguai e Argentina por US$ 300 milhões ao Grupo Minerva. A decisão do Cade está publicada em despacho no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.

O aval do órgão antitruste ocorre mesmo com a proibição do negócio na esfera judicial. No mês passado, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, barrou a transação por considerar, entre outros aspectos, "prematura qualquer decisão judicial de liberar a venda de ações requerida, bem como das medidas cautelares", porque haveria, até agora, "fragilidade das provas apresentadas" pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, sobre propinas pagas a políticos com foro privilegiado.

Os advogados dos empresários recorreram ao Supremo Tribunal Federal para reverter a decisão de Leite, porém não obtiveram sucesso. Na semana passada, o ministro da Corte Edson Fachin rejeitou o pedido de medida liminar feito pela JBS. Na ocasião, os empresários informaram que irão recorrer da decisão de Fachin.

Pelo acordo aprovado pelo Cade, a transação entre JBS e Minerva ocorrerá por meio de subsidiárias dos dois grupos. Assim, a Pul Argentina, o Frigomerc e a Pulsa, controladas pelo Minerva, vão adquirir a totalidade das ações das subsidiárias da JBS que são detentoras das operações de carne bovina na Argentina (JBS Argentina), Paraguai (JBS Paraguay e Indústria Paraguaya Frigorífica) e Uruguai (Frigorífico Canelones).

Quando do comunicado ao mercado, a JBS informou que pretende utilizar os recursos obtidos com a transação para diminuir sua alavancagem financeira. O negócio foi fechado como parte dos movimentos do grupo J&F, controlador da JBS, para levantar recursos e sanar eventuais problemas de liquidez de curto prazo após os donos da holding fecharem acordo de leniência com o Ministério Público Federal que fixa uma multa de R$ 10,3 bilhões. A empresa tem uma dívida de R$ 18 bilhões a vencer no curto prazo.

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