Caixa estende prazos de pagamentos de dívidas e reduz juros

Caixa estende prazos de pagamentos de dívidas e reduz juros

Cheque especial foi reduzido de 14% para 2,9% ao mês e o rotativo de cartão de crédito passou de 7,7% para 2,9% ao mês


R7

O rotativo de cartão de crédito passou de 7,7% ao mês para 2,9%

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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou em coletiva de imprensa, no início da tarde desta sexta-feira, que o banco irá reduzir juros em todas as linhas de crédito e aumentará prazos para pagamentos. "Ofertamos R$ 111 bilhões. Em uma semana, mais de R$ 20 bilhões foram emprestados pela Caixa. Todas as linhas de crédito terão taxas reduzidas."

De acordo com ele, os juros chegaram a 2,9% ao mês. "É caro, queremos reduzir mais", afirmou Guimarães. "As micro e pequenas empresas tem uma dificuldade maior. É o segmento de empresas que tem mais dificuldades para os bancos entenderem. A Caixa está aberta a várias soluções. Não existe uma apenas é este conjunto que vai permitir a colução do problema econômico."

Guimarães afirmou que o cheque especial foi reduzido de 14% ao mês para 2,9% ao mês. A intenção, segundo ele, é reduzir ainda mais, mas, até o momento, este é o patamar alcançado. O rotativo de cartão de crédito passou de 7,7% ao mês para 2,9%. Ele anunciou ainda que há uma oferta de crédito para as santas casas no valor de R$ 5 bilhões, com uma redução de 20% para 10% ao ano. 

O presidente da Caixa falou ainda sobre crédito imobiliário. Segundo ele, 800 mil famílias poderão postergar por três meses. Guimarães também afirmou que muitos brasileiros não têm contas em bancos para receber o pagamento de R$ 600 anunciados para trabalhadores informais e famílias de baixa renda, está sendo estudado, junto o Ministério da Economia, e com o INSS, que irá operacionalizar a base de pessoas que vão receber o dinheiro. Segundo ele, oito milhões de pessoas são cliente da Caixa Econômica Federal. 

Socorro para pequenas e médias

Ao lado dos presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, o presidente Jair Bolsonaro anunciou um programa de R$ 40 bilhões para socorrer pequenas e médias empresas durante a crise do coronavírus.

O programa é uma linha de crédito, oferecida junto a bancos privados, para pagar dois meses de salário dos funcionários. Esse tipo de empréstimo "se destina exclusivamente ao financiamento da folha de pagamento", afirmou Campos Neto.

Empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões podem requisitar o dinheiro, que irá diretamente para a conta do empregado. Os valores devem começar a ser disponibilizados em até duas semanas, segundo presidente do Banco Central.

A estimativa da equipe econômica é que 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de empregados sejam beneficiados pelo programa. "A gente fez questão de ter certeza que o dinheiro vai direto para o funcionário", disse o presidente do Banco Central.

A empresa que aderir ao financiamento também não poderá demitir os empregados no período de dois meses. A garantia será uma das cláusulas do contrato.

Os valores são limitados a até dois salários mínimos por funcionários. Quem ganha até R$ 2.090 receberá integralmente. Aqueles que recebem mais do que isso terão este teto, caso o empregador opte pela linha de crédito. A taxa de juros será de 3,75% ao ano, com seis meses de carência e prazo de 36 meses para pagamento.


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