Cesta básica de Porto Alegre é a mais cara do País pelo terceiro mês seguido

Cesta básica de Porto Alegre é a mais cara do País pelo terceiro mês seguido

Açúcar foi o vilão de novembro com alta de 3,64%, aponta Dieese

Cláudio Isaías

Açúcar foi o vilão de novembro com alta de 3,64%, aponta Dieese

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Pelo terceiro mês consecutivo, a cesta básica de Porto Alegre é a mais cara do País passando de R$ 478,07 em outubro de 2016 para os atuais R$ 469,04 em novembro. Na avaliação mensal, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios, cinco caíram de preço: o tomate (-17,46%), o leite (-10,81%), a farinha de trigo (-1,75%), a carne (-0,31%) e a batata (-0,27%). Em sentido inverso, os “vilões” da cesta de alimento foram o açúcar (3,64%), a banana (3,15%), o feijão (2,66%), o óleo de soja (2,04%), o pão (0,72%), a manteiga (0,24%) e o café (0,20%). O arroz foi o único item que não sofreu variação de preço em novembro. Os dados foram apresentados nesta terça-feira pela economista Daniela Sandi, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 469,04), seguida de Florianópolis (R$ 466,25) e São Paulo (R$ 450,39). Os menores valores médios foram observados em Recife (R$ 353,08) e Natal (R$ 354,59). Entre janeiro e novembro de 2016, todas as cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Maceió (22,95%), Rio Branco (22,44%), Aracaju (20,53%) e Fortaleza (18,62%). Os menores aumentos ocorreram em Recife (5,76%), Manaus (7,18%), Curitiba (7,55%) e São Paulo (7,72%).

No ano, a cesta está 10,52% mais cara. O levantamento do Dieese mostrou que 11 produtos tiveram alta: o feijão (82,94%), a banana (43,18%), a manteiga (37,51%), o açúcar (29,88%), o leite (28,93%), o arroz (19,68%),o café (16,42%), o óleo (10,24%), a farinha de trigo (7,67%), a carne (5,12%), e o pão (4,06%). Por outro lado, o tomate (-24,43%) e a batata (-12,56%) ficaram mais baratos.

Em novembro, o custo do conjunto de alimentos básicos diminuiu em 25 das 27 capitais do Brasil. As reduções mais expressivas ocorreram em Boa Vista (-7,35%), Recife (-5,10%), Cuiabá (-4,68%), Salvador (-4,48%), Belo Horizonte (-4,20%) e São Paulo (-4,08%). As elevações ocorreram em Macapá (0,13%) e Rio Branco (0,37%).

Com base na cesta de alimentos mais cara, que, em novembro, foi a de Porto Alegre, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário em novembro de 2016 para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.940,41, ou 4,48 vezes o mínimo de R$ 880. Em outubro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 4.016,27, ou 4,56 vezes o piso vigente.

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