Cesta básica de Porto Alegre acumula alta de 8,16% em 2016

Cesta básica de Porto Alegre acumula alta de 8,16% em 2016

Pelo quarto mês seguido valor é o mais caro do País, aponta Dieese

Correio do Povo e Agência Brasil

Oléo de soja foi o item que mais teve elevação no preço, 3,91%

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Porto Alegre chegou ao quarto mês consecutivo como a mais cara do país, mesmo com a queda de 2,14% nos preços registradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em dezembro. O valor caiu de R$ 469,04 em novembro de 2016 para os atuais R$ 459,02. No ano de 2016, a cesta da Capital gaúcha acumulou alta de 8,16%.



Na avaliação mensal, dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, nove caíram de preço: a batata, -22,87%, o tomate, -10,18%, a farinha, -3,29%, o feijão, 1,67%, o arroz, -0,67%, a manteiga, -0,62%, a carne, -0,47%, o leite, -0,38%, e o pão, -0,24%. Entretanto, quatro itens ficaram mais caros: o óleo de soja, 3,91%, o café, 2,59%, a banana, 1,77%, e o açúcar, 0,64%.

Cesta básica de Porto Alegre é a mais cara do País pelo terceiro mês seguido

No acumulado do ano passado, 11 produtos ficaram mais caros: o feijão, 79,88%, a banana, 45,71%, a manteiga, 36,67%, o açúcar, 30,71%, o leite, 28,44%, o café, 19,44%, o arroz, 18,88%, o óleo de soja, 14,56%, a carne, 4,62%, a farinha de trigo, 4,13%, e o pão, 3,82%. Por outro lado, dois itens registraram retração: a batata, -32,56%, e o tomate, -32,13%.

O salário-mínimo necessário para adquirir o conjunto de produtos em Porto Alegre deveria ser de R$ 3.856,23, ou seja, 4,38 vezes o mínimo de R$ 880,00, valor de dezembro de 2016.

Custo da cesta aumentou em todas as capitais em 2016

O custo da cesta básica aumentou nas 27 capitais brasileiras no acumulado de 2016. As maiores altas ocorreram em Rio Branco, 23,63%, Maceió, 20,69%, e Belém, 16,70%. As menores variações foram em Recife, 4,23%, Curitiba, 4,61% e São Paulo, 4,96%.

Na comparação entre novembro e dezembro, o valor da cesta diminuiu em 25 cidades. As quedas mais expressivas foram em Aracaju, -5,11%, Campo Grande, -4,16%, e São Luís, -4,13%. Apenas Manaus, 0,22%, e Rio Branco, 0,97% registraram alta.

O maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre, R$ 459,02, seguido de Florianópolis, R$ 453,80, Rio de Janeiro, R$ 443,75, e São Paulo, R$ 438,89. Os menores valores médios foram observados em Recife, R$ 347,96, Aracaju, R$ 349,68, e Natal, R$ 351,96.

Crescimento no preço dos produtos

Durante o ano passado, o preço médio do leite integral, feijão, arroz agulhinha, café em pó e manteiga aumentou em todas as capitais. Apresentaram queda o tomate, em 26 capitais, e a batata, em 10 capitais.

O preço do leite integral aumentou 37,97% em Salvador. A manteiga teve variações que oscilaram entre 27,15% em Rio Branco, e 63,53% em João Pessoa. O feijão preto também registrou alta de 72,97% em Florianópolis e 85% em Vitória. O feijão carioquinha teve altas expressivas em Maceió, 133,48%, Rio Branco, 125,30% e Manaus, 100,37%.

O tomate acumulou queda em todas as cidades, menos Rio Branco 7,71%. As retrações mais expressivas ocorreram em Campo Grande, -40,04%, Recife, -36,98% e Brasília, -33,78%. A batata teve o preço reduzido em 10 localidades. As taxas variaram entre -48,09% em Belo Horizonte e -19,86%, em São Paulo.

O Dieese estimou que o valor do salário-mínimo necessário para suprir necessidades básicas de uma família de quatro pessoas deveria ser, em dezembro, R$ 3.856,23. Em novembro, o mínimo necessário era de R$ 3.940,41. Em dezembro, o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 98 horas e 59 minutos. Em novembro, foi 100 horas e 56 minutos.

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