Cesta básica de Porto Alegre cai, mas é segunda mais cara do País
Dieese indica que conjunto de alimentos essenciais custava R$ 305,72 em outubro
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Apesar da queda, na avaliação mensal, nove dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos tiveram aumento, sendo as maiores variações no arroz (6,40%), óleo (4,85%), feijão (3,14%) e carne (2,79%). Quatro produtos ficaram mais baratos em outubro, com destaque para o tomate (-17,22%), o açúcar (-3,27%), a banana (-2,63%) e o pão (-0,79%), que tiveram decréscimo no preço.
No ano, a cesta básica em Porto Alegre está 10,42% mais cara. Dos 13 itens pesquisados, dez subiram de preço. Os principais aumentos foram verificados na batata (84,92%) e no tomate (47,06%). Nessa comparação, três produtos estão mais baratos. As principais reduções foram registradas no açúcar (-8%) e na manteiga (-6,06%).
Em 12 meses, a cesta acumula alta de 10,23%. Nesse período, nove itens estão mais caros, com destaque para a batata (75,19%) e o tomate (39,66%). Em contrapartida, três produtos estão mais baratos: o açúcar (-9,21%), o pão (-3,54%) e a manteiga (-3,42%). O leite foi o único item que não sofreu alteração de preço desde outubro de 2011.
O valor da cesta básica da Capital gaúcha representou 53,43% do salário mínimo líquido, contra 54,42% em setembro e 55,31% no mesmo período do ano passado. O trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo precisou, em outubro, cumprir uma jornada de 108h 08min para adquirir os itens básicos para alimentação. Esta jornada é menor do que foi necessário em setembro (110h e 09min) e em outubro de 2011 (111h 57min). A variação da cesta básica no período do Real ficou em 358,69%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no mesmo período variou 326,27 % e o Salário Mínimo 860,02%.
No Brasil, São Paulo tem a cesta básica mais cara
No Brasil, o preço da cesta básica aumentou no último mês em nove das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a pesquisa. As maiores altas foram verificadas em cidades do Norte e Nordeste, com destaque para Recife (4,49%), Manaus (3,61%) e Fortaleza (2,54%). Entre as sete localidades onde houve recuo, as quedas mais expressivas foram apuradas em: Florianópolis (-9,04%), Brasília (-3,66%) e Vitória (-2,29%).
Depois de três meses, São Paulo voltou a apresentar o maior valor para a cesta básica, custando R$ 311,55. Na sequência está Porto Alegre, com o segundo maior valor (R$ 305,72) e Manaus (R$ 298,22), o terceiro. As cestas com os menores custos médios foram encontradas em Aracaju (R$ 206,03), Salvador (R$ 223,00) e João Pessoa (R$ 232,97).